segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Liberdade de invencionice para a corrente dominante, censura de crítica para você

Nos acostumamos a engolir calados o ludíbrio nativo da corrente dominante da imprensa, de que qualquer tentativa de questionar, criticar ou refutar determinada informação por ela apresentada, ou em português mais objetivo, qualquer embuste por ela disseminado, trata-se de uma hedionda censura da liberdade de imprensa, de um ataque ao beatificado jornalismo, uma ressurreição da censura ditatorial.
Testemunhamos essa superposição do mainstream midiático galgar degraus cada vez mais extremos da efetivação desta artimanha elementar para o sistema de Hegemonia Cultural da esquerda nos últimos 15 anos. O movimento atingiu seu ápice, após formado o exército de pseudo-jornalistas domesticados pela eliteperiodiqueira nacional. Hoje travamos uma verdadeira guerra ideológica entre redações, onde uma ainda pequena parte da nova imprensa busca resgatar o verdadeiro espírito jornalístico, comprometido única e exclusivamente com a verdade, mesmo que isso represente um ataque à suas próprias crenças políticas, sociais e filosóficas.
Após a espartânica obstinação dos meios de comunicação alternativos de caráter liberal-conservador que compuseram o movimento que retirou do poder a supremacia Marxista-Leninista, pela primeira vez em mais de 40 anos a corrente dominante do jornalismo brasileiro viu-se ameaçada. Mal acostumados à oposição ideológica, a grande imprensa brasileira atirou-se deliberadamente sobre uma campanha descaradamente parcial contra a esmagadora maioria dos eleitores.
Após o resultado obtido nas urnas, e a confirmação de que a doutrinação ideológica do mainstream midiático não mais possui qualquer relevância, o que estamos acompanhando são constrangedoras tentativas de inversão dialética da informação, naturalmente fracassadas desde seu princípio mesmo.
Durante a semana que se passou podemos observar 2 exemplos da situação desalentada da grande imprensa:
Pena de Morte
mainstream levanta uma suposta informação de que o tema ‘pena de morte’ seria firmemente debatido durante o governo Bolsonaro. Após tomar conhecimento da fábula, o presidente eleito, através de sua conta oficial no Twitter, encerra categoricamente qualquer possibilidade de incluir tal item em seu plano de governo.
Estupefata com a diafaneidade da resposta de Jair Bolsonaro, a corrente dominante prontamente – e embaraçosamente – usa da dialética para reverter a responsabilidade da invencionice à quem sofreu a calúnia, afirmando a patacoada de que Jair Bolsonaro havia ‘desautorizado’ seu filho Eduardo, que nem parte da equipe de governo faz, em introduzir o tema pena de morte em supostas discussões do plano governamental.
Convite à Maduro para posse
Após declaração oficial de Jair, como sempre através de sua conta no Twitter, informando que o governo eleito não convidará o ditador venezuelano para a cerimônia de posse em Janeiro, novamente a corrente dominante, túrbida e sínica, reforça a confiabilíssima comunicação oficial de Nicholás Maduro que o governo brasileiro já o havia convidado para a cerimônia, acusando assim o presidente eleito de desconvidar o ilustríssimo crápula bolivariano. Não precisamos aqui nos estender na dissecação do fato de que Jair Bolsonaro e sua equipe ainda não tomaram posse, e que portanto, Ernesto Araújo também não possui qualquer jurisdição sobre ações do Itamaraty, tendo assim a atual gestão, sob batuta de Aloysio Nunes, feito o convite efetivamente. Não somos idiotas.
Estamos preparados para encarar de frente a guerra ideológica imposta pela grande imprensa, pois a nossa causa é justa e comprometida com a verdade.
texto de Alain Ibrahim, escritor e colunista do Conexão Política