DIAS TOFFOLI DEVERIA TER NOME EXCLUÍDO DA LISTA DE MINISTROS QUE PODEM ASSUMIR RELATORIA DA LAVA JATO NO STF
O nome do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, STF, deveria ser
excluído da lista de possíveis sucessores da relatoria dos casos da Lava Jato na corte,
que estava a cargo do ministro Teori Zavascki, morto em um trágico acidente aéreo em
meados de Janeiro.
Os motivos para o veto ao nome de Toffoli são bastante óbvios. Dias Toffoli deveria ser
declarado impedido de participar de qualquer sorteio no STF para assumir a relatoria
não apenas pelo fato de ter sido advogado do PT durante anos, mas também por
vinculações de seu nome aos interesses da empreiteira Odebrecht. A Polícia Federal
obteve acesso a uma série de documentos armazenados nos computadores da empresa
que apontam para o envolvimento de Toffoli na articulação de Marcelo Odebrecht
para obter vantagens no leilão da hidrelétrica do Rio Madeira.
Segundo informou o site O Antagonista, Marcelo Odebrecht acionou Dias
Toffoli, quando era AGU, para garantir seus interesses no leilão da hidrelétrica. A comprovação do envolvimento de Toffoli com o empreiteiro está em email enviado
por Marcelo ao pai Emílio e outros executivos do grupo. No email, Marcelo orienta
sua equipe e ainda avisa que seriam encaminhados um "modelo de
participação/concorrência das irmãs, com parecer" e um "caderninho mais sucinto
com as conclusões dos pareceres e descrição dos juristas contratados".
Na mensagem, de 20 de junho de 2007, Marcelo fala de quatro pareceres
encaminhados a Gilberto Carvalho para serem levados a Dias Toffoli que assumiu a
Advocacia Geral da União em março daquele ano.
"Alexandrino já encaminhou os 4 pareceres para o seminarista que confirmam a
legalidade do acordo com Furnas e as posições que temos defendido, de modo a que
ele possa enviar para o AGU".
Ter uma pessoa como Toffoli na relatoria dos casos da Lava Jato no Supremo é
praticamente uma garantia que a investigação sofrerá duros reveses na Corte, o que
causará forte comoção popular.