sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

PT TÁ MORTO, DIZ DIRIGENTE DO PARTIDO. CLIMA NA LEGENDA É DE CONSTERNAÇÃO GERAL.

"O PT tá morto" Esta é a definição de um dirigente do partido em São Paulo sobre o futuro da legenda. Membro de uma ala que defende que o partido assuma seus erros históricos e que aponte os responsáveis pelo alto índice de criminalidade na legenda, o dirigente admite que dificilmente os membros do PT irão reconhecer as falhas cometidas em nome de um ambicioso projeto de poder. Muitos veem a situação com tristeza. A constatação é a de que a morte do partido é algo inevitável. Não adianta nada reconhecer que erramos" Esta postura também vai na contramão das narrativas esgotadas por parte de membros do partido, inclusive do próprio Lula, de que nunca fizeram nada de errado. Segundo o dirigente, mesmo se após a prisão de Lula, outros membros do PT, como João Vaccari Neto e José Dirceu assumam seus erros, vai ficar a impressão de que todos os demais foram coniventes e se beneficiaram dos esquemas de corrupção ao longo das última década e meia.

O diagnóstico sombrio sobre o futuro do partido começa a ganhar novos defensores. A estimativa é a de que nos próximos meses, antes mesmo da prisão de Lula, a maior parte dos parlamentares abandonem a legenda. "Após a prisão de Lula, o PT tá morto e não haverá mais o que defender, já que ele é a expressão máxima do partido. Não há como argumentar com o eleitor de modo geral sobre isso. Contar com votos apenas da militância para eleger candidatos será desperdício de tempo e de dinheiro", afirma um membro do diretório nacional.