quinta-feira, 18 de maio de 2017

Gravações feitas por Joesley Batista são chocantes, dizem investigadores

Quem aposta que as imagens e áudios gravados pelo empresário Joesley Batista serão a pá de cal em muita carreira política está certo. As gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, são chocantes, narram investigadores. As imagens e áudios revelam o presidente Michel Temer e o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (PSDB) em situações constrangedoras. Aécio pediu R$ 2 milhões para o empresário, assim como ele, investigado na Lava Jato. 

Temer indicou o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), seu braço direito desde à época de vice-presidente, para que acertasse com Joesley assuntos de interesse da empresa. Rocha Loures recebeu R$ 500 mil. Um primo de Aécio, R$ 2 milhões.  Tudo isso no cargo de presidente da República. Tudo isso com a Lava Jato em curso.

O material probatório colhido por Joesley, um dos maiores empresário do País, com livre acesso aos seus alvos, é “batom na cueca”, “impossível de ser contestado”, “não há argumentos plausíveis que possam ser utilizados” em defesa dos envolvidos. É o resumo de mais de um investigador que teve acesso as gravações. A “documentação é farta”, garantem.

Vai depender do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, o levantamento do sigilo das gravações. A OAB vai peticionar nesse sentido. No meio político, com vídeo ou sem vídeo, o estrago já é grande. Mas é unânime a avaliação de que a divulgação das imagens vai mudar o cenário político do País em definitivo.