Os colegas do ex-presidente do BB e da Petrobrás Aldemir Bendine, preso pela Lava Jato, dizem não ter dúvidas de que ele deve partir para a delação premiada caso sua prisão temporária se converta em provisória, quando não há prazo para a soltura.
Bendine é descrito como depressivo e fumante inveterado, vício que será obrigado a abandonar na carceragem da PF. Há dúvidas se ele terá provas para revelações que vier a fazer. Mas há uma certeza: se ele falar, seu alvo será o ex-ministro Guido Mantega, de quem era muito próximo.
Bendine também era muito próximo de Dilma Rousseff, que o nomeou para a Petrobrás. Foi na gestão dele que a empresa revelou ter destruído áudios das reuniões sobre a compra de Pasadena, negócio autorizado pela petista.
Foi Gilberto Carvalho quem convenceu Lula a nomear Aldemir Bendine presidente do Banco do Brasil.
Ex-aliado de Aldemir Bendine, o atual presidente do BB, Paulo Caffarelli, se afastou dele ainda na gestão Dilma.
Os dois se estranharam quando Bendine pediu a Dilma para que seu sucessor no comando do banco fosse Alexandre Abreu e não Caffarelli, que já estava praticamente nomeado.
Aldemir Bendine ainda tem três aliados na estrutura do BB. O vice-presidente de varejo e gestão de pessoas, Walter Malieni; o vice-presidente de negócios e atacado, Maurício Maurano, e Paulo Ricci, chefe do BB DTVM.
Esses aliados de Aldemir Bendine no Banco do Brasil já dizem pelos corredores do banco que foram traídos por ele.
