terça-feira, 25 de julho de 2017

Volta do imposto sindical causará ‘grande revolta’ no Congresso, diz deputado

Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista aprovada pelo Congresso, lembra que “a esmagadora maioria” dos congressistas votou pela extinção do imposto. “Sinto que haverá uma grande revolta” e “tanto faz se for antes ou depois” da votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer, disse o deputado ao site Poder 360.

Leia trechos da entrevista de Marinho:


Poder360: Sindicalistas disseram que Michel Temer aceitou incluir numa MP a “contribuição assistencial”, uma espécie de imposto sindical com outro nome. O que o sr. acha?
Rogério Marinho: Isso seria 1 imposto sindical travestido. Quem vota nas assembleias são os sindicalizados, que decidirão por uma cobrança para todos. Não vamos aceitar. Além do mais, é ilegal. Já há acórdãos contrários no STF.


O governo prometeu que não ressuscitaria o imposto?
Foi o que o Palácio do Planalto nos informou. Vi nos jornais esse encontro com sindicalistas. Mas quero crer que o governo manterá a palavra. Tenho que acreditar no que me disseram.

E se ressuscitar?
Não sou porta-voz do Congresso. Mas sinto aqui que haverá uma grande revolta, até mesmo entre deputados que apoiam o governo, como eu. Creio que o Congresso derrubará a MP se ela for editada. Vai ser muito ruim para o governo.

O Planalto disse que só baixará essa MP depois de derrubar a denúncia contra o presidente…
Tanto faz se for antes ou depois. Se ressuscitar o imposto, mesmo que travestido, vai ficar com a sua base de apoio no Congresso desarrumada. O presidente continuará precisando do Congresso, mesmo depois da votação.