segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O TELEFÉRICO QUE EXPLICA O BRASIL

Sobre o teleférico do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, leiam abaixo a comparação entre um trecho de uma matéria do jornal O Globo deste domingo  e as promessas de Lula, Luiz Fernando Pezão, Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Dilma Rousseff:

“Com o recrudescimento da violência e na esteira da crise econômica, a promessa de mais qualidade de vida para os cerca de 700 mil moradores das 38 regiões com UPPs não foi cumprida.

O Complexo do Alemão, por exemplo, voltou a conviver com níveis alarmantes de criminalidade e problemas de infraestrutura. Seu teleférico de R$ 210 milhões, parado há mais de um ano, é o maior símbolo do abandono de um Rio que não aparece nos cartões-postais.”

Lembremos, então, os discursos do quinteto satânico  durante a construção e a inauguração do teleférico:

Lula: “Isso aqui pode ser um exemplo pra gente mostrar ao mundo que pobre não mora em péssimas condições porque não gosta de coisa boa. Pobre gosta de coisa muito boa. Ele só não tem quando ele não pode.”

Luiz Fernando Pezão, atual governador: “…a emoção hoje maior de nós estarmos subindo aqui nesse cenário maravilhoso, esse novo cartão-postal do Rio de Janeiro.”

Sérgio Cabral, atualmente preso: “Porque houve união, porque houve parceria, porque houve desejo de mudar a história do Rio de Janeiro… Desejo de não ver mais o Rio de Janeiro sendo destruído, sendo acabado, por forças políticas que pensavam em si e não pensavam na população… Essa região aqui, presidenta, foi uma região completamente abandonada pelo poder público. Os políticos vinham aqui fazer demagogia. Os políticos vinham aqui usufruir da comunidade, prometer o que não cumpriam. Enquanto isso, o poder paralelo ia se organizando.”

Eduardo Paes: “As coisas acontecem no Rio de Janeiro hoje porque os governos trabalham junto, trabalham olhando pra frente, ‘chegou’ de baixo astral, chegou de choramingar com os problemas do passado.”

Dilma Rousseff: “Vocês vejam que uma obra deste tamanho, que nunca tinha sido feita no Brasil [!?], que é um teleférico… Que é uma obra de mobilidade urbana, que faz parte de um conjunto de investimentos que nós fizemos aqui em várias áreas. Essa obra, ela é fruto de uma parceria muito estreita, uma parceria de interesses, uma parceria de interesses comuns, e de um interesse muito claro, o interesse é o povo do Rio de Janeiro. Investir no Alemão, construir esse teleférico que, vocês podem ter certeza, o Brasil inteiro vai olhar com os olhos da boa inveja…”

(O Antagonista conteúdo)