segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Glória Maria, patrulhada, responde: “Não sigo cartilhas. Minhas dores raciais combati sozinha!”

A jornalista Glória Maria, quatro dias atrás, postou a seguinte frase de Morgan Freeman no Instagram:
“O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela, ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana, o racismo desaparece.

Morgan Freeman”

A patrulha do politicamente correto caiu em cima dela.

Ela respondeu:

“Pra todos que não concordam com este pensamento do Morgan Freeman: Não concordar é um direito de vocês! Mas pretender que todos pensem igual é no mínimo prepotente! 

Eu concordo totalmente com ele! Pra começar ele não é brasileiro e não está citando o dia da Consciência Negra. Uma conquista nossa! Está falando de algo muito maior. Humanidade! 

Eu e ele também nascemos negros e pobres e conquistamos nosso espaço com muita luta e trabalho! Não somos privilegiados. Somos pessoas que nunca aceitaram o lugar reservado pra nós num mundo branco! 

Algum de vocês conhece a minha história e a dele? Se contentam em tirar conclusões e emitir opiniões equivocadas em redes sociais! Nós estudamos, lutamos, resistimos e combatemos todo tipo de discriminação! O preconceito racial é marca nas nossas vidas! Mas não tenho que mudar minhas ideias por imposição de quem quer que seja! Apagar este post???? Nunca!!!! 

Quem não concorda com ele ok! Acho triste mas entendam. As cabeças e os sentimentos graças a Deus não são iguais! Como lutar contra a desigualdade se não aceitamos as diferenças? 

Queridos vivam suas vidas e nos deixe viver a nossa! Temos que tentar sempre encontrar nosso próprio caminho! 

Sem criticar e condenar o dos outros! Cada um precisa combater o racismo da maneira que achar melhor! 

Lembrando sempre do direito e da opinião do outro! sou negra e me orgulho. Mas não sigo cartilhas. Minhas dores raciais conheci e combati sozinha! 

Sem rede social para exibir minhas frustrações! Tenho direito e dever de colocar o que penso num espaço que é meu! Não imponho e não aceito que me digam como devo viver ou pensar!”