O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) voltou a desafiar a
sociedade e soltou pela terceira vez o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como
"rei do ônibus" no Rio.
O ministro que possui relações pessoais com a máfia do transporte coletivo do Rio de
Janeiro, também determinou a libertação de Lelis Teixeira, ex-presidente da
Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio)
NÃO PERCA A CONTA
O empresário Barata Filho, apontado como integrante de uma organização criminosa,
foi preso em julho na operação Ponto Final. Em agosto, Gilmar concedeu habeas
corpus. O juiz federal Marcelo Bretas, do Rio, determinou nova prisão e o ministro
concedeu novamente a liberdade.
O Ministério Público Federal recorreu, em outubro, mas a Segunda Turma do STF
defendeu a decisão de Gilmar de soltar o empresário e amigo.
Em novembro, Barata Filho foi preso na operação Cadeia Velha, que atingiu a cúpula
do PMDB no Rio- inclusive o então presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio
de Janeiro), Jorge Picciani.
Na mesma semana, a juíza federal Caroline Vieira Figueiredo também decidiu pelo
restabelecimento da prisão preventiva do empresário por desrespeito às medidas
cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal.
Ela atendeu a pedido do Ministério Publico Federal, que afirma ter obtido provas de
que o empresário seguiu participando da gestão de suas empresas, o que contrariava a
decisão do ministro Gilmar Mendes de agosto.
Na busca e apreensão realizada na Operação Cadeia Velha, a Polícia Federal encontrou
relatórios gerenciais, balancetes financeiros, relações de pessoal e situação de frota
relativos aos meses de setembro e outubro de 2017, posterior à sua soltura, em agosto.
Havia ainda anotações manuscritas atribuídas a Barata Filho sobre mudanças na
gestão da Fetranspor.
Mesmo diante do surgimento de novas provas que incriminam o
empresário, Gilmar Mendes desafiou o bom senso e mandou soltar Barata Filho pela
terceira vez.