sábado, 16 de dezembro de 2017

Lula não é um criminoso qualquer a ser julgado pelo TRF-4. É o chefe de toda a organização criminosa investigada na Lava Jato

As narrativas tecidas pelo ex-presidente Lula e por seus aliados para tentar desqualificar todo o processo que culminou em sua condenação na 13ª Vara Federal que deve ser confirmada em janeiro na Segunda Instância da Lava Jato são fruto de um desespero bastante óbvio. O petista não é um criminoso qualquer, como um empreiteiro, um laranja ou um doleiro. A verdadeira dimensão de Lula na maior investigação sobre corrupção do Brasil também não tem qualquer relação com o fato dele ter sido um ex-presidente da República. 

No dia 24 de janeiro de 2018, os membros da 8.ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de Porto Alegre, o TRF-4, vão julgar o homem apontado há mais de três anos como o chefe da organização criminosa que praticou o maior assalto aos cofres públicos da história do país ao longo de quase uma década e meia. 

Lula está na origem de praticamente todos os crimes investigados na Operação Lava Jato e foi diretamente incriminado por todas as estrelas de segunda grandeza da investigação, como Emílio e Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, Renato Duque, João Santana, Monica Moura e até mesmo por seu ex-faz tudo durante décadas, o exministro Antonio Palocci. 

O petista não foi apontado apenas como conivente com os esquemas bilionários de corrupção, mas como o comandante máximo da organização criminosa que desviou bilhões dos cofres públicos através de uma verdadeira engenharia de corrupção. Lula não apenas sabia ou comandou os ilícitos perpetrados na Petrobras, BNDES e ministérios com o propósito de financiar um plano de poder duradouro e ambicioso. O ex-presidente também se beneficiou pessoalmente dos esquemas criminosos e recorreu a empresas de fachada, laranjas e outros mecanismos clássicos de lavagem de dinheiro para ocultar vantagens indevidas. 

Embora Lula e seus aliados tentem de todas as formas vender a ideia de que o petista é um criminoso comum e irrelevante, que insistam na narrativa de que não há provas contundentes suficientes para que a Justiça imponha uma condenação exemplar, Lula esteve no epicentro de praticamente todos os crimes investigados na Lava Jato até o momento. Por mais que tentem se fazer de desentendidos, o fato é que agora chegou a vez do chefe.

Com informações de Imprensa Viva