domingo, 7 de janeiro de 2018

Lula deve jogar a toalha logo após julgamento no TRF-4 em janeiro.

O ex-presidente Lula deve participar de uma reunião com a cúpula do PT logo após a divulgação do acórdão (a decisão do órgão colegiado) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de Porto Alegre sobre o recurso do petista no caso do triplex do Guarujá.

Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão na Primeira Instância. A depender da combinação dos votos de seus julgadores na Segunda Instância, o petista terá poucas chances de judicializar o registro de sua candidatura. A preocupação maior, dependendo do cenário, será evitar a prisão.

É justamente diante de um cenário já definido que Lula e a cúpula do PT se reunirá para definir a estratégia do partido a partir de então. A possibilidade de Lula anunciar a sua desistência de disputar a Presidência da República é tida como certa, caso o petista seja condenado em consonância pelo colegiado, circunstância em que as chances de embargos são dramaticamente reduzidas, na mesma proporção que crescem as chances do petista ser preso.

Segundo a Folha, "O STJ (Superior Tribunal de Justiça) já discute nos bastidores a possibilidade de condenação de Lula no dia 24 de janeiro, pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal). 

Ministros acreditam que um veredicto negativo por 3 a 0 será fatal para o petista, dificultando inclusive a possibilidade de concessão de liminar pelo STJ que permita que ele leve adiante uma candidatura presidencial. Neste caso, de unanimidade, prevaleceria a discussão sobre a possibilidade de prisão de Lula, e não sobre a sua candidatura". 

Entre continuar desafiando as autoridades tentando impor sua candidatura e estimulando um ambiente político instável e propor uma trégua para não ser preso imediatamente, Lula deve optar pela segunda alternativa. Há coisas contra as quais se pode lutar. Outras não. Este é o consenso da cúpula do PT. Seria mais proveitoso ao partido indicar um outro nome para concorrer no lugar de Lula com ele solto do que insistir na candidatura do petista e aumentar as chances de sua prisão.

Outro ponto positivo neste cenário, segundo interlocutores do PT, seria a possibilidade de ter mais tempo para iniciar uma campanha com outro nome, além das chances maiores de formação de alianças no espectro de partidos da esquerda, resistentes em formar alianças com Lula diante da incerteza de sua candidatura. 

É bem provável que o ex-presidente Lula anuncie sua retirada da disputa eleitoral ainda no mês de janeiro. 

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