segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Interventor já perdeu um irmão para a violência do Rio


O general Braga Netto, interventor federal no Rio de Janeiro, conhece de perto a dor da violência carioca.

Ricardo Braga Netto, seu irmão, oficial da Marinha, foi assassinado na ponte Rio-Niterói, ao tentar evitar um assalto, quando retornava do quartel da Marinha em Niterói. O fato ocorreu na década de 80.

Respeitado pela tropa, "durão" e experiente é como colegas definem o general de Exército Walter Souza Braga Netto.

Durante uma palestra em agosto de 2017 no Centro Cultural Justiça Federal, Braga Netto afirmou que as operações do tipo Garantia de Lei e Ordem (GLO) têm alguma eficácia, mas um alto custo financeiro, social, logístico e até mesmo psicológico para as Forças Armadas e seriam desnecessárias se os Estados tivessem políticas de segurança pública mais eficientes.

Na entrevista coletiva sobre a intervenção federal no Rio, o general afirmou que não tinha nada a adiantar sobre quais seriam suas ações práticas como interventor, registrou o Jornal da Cidade.

‘Eu recebi a missão agora. Nós vamos entrar numa fase de planejamento. No momento, não tenho nada que eu posso adiantar para os senhores. Vamos fazer um estudo, vamos conversar com todos. E nossa intenção é fortalecer ainda mais o sistema de segurança do Rio de Janeiro, para voltar a atuar conforme merece a população carioca’, afirmou.