quinta-feira, 29 de março de 2018

Após recibos falsos, Lula pode ter se metido em nova encrenca no caso do ataque à caravana


O suposto ataque sofrido pela caravana do ex-presidente Lula pode lhe render muita dor de cabeça nos próximos dias, caso fique comprovado que houve algum tipo de simulação por parte de seus subordinados no episódio dos tiros nos ônibus da caravana do petista.

Parte das contradições envolvendo o incidente partiram do próprio PT, que, segundo noticiou o Globo, rebateu as informações prestadas pelas autoridades do Paraná: "A Secretaria de Segurança Pública do Paraná mente para omitir sua responsabilidade no atentado sofrido pela caravana do presidente Lula. O ex-presidente não usou helicóptero no percurso entre Quedas do Iguaçu e a Universidade Fronteira do Sul, no município de Laranjeiras do Sul. Esse percurso foi feito em um dos três ônibus da caravana. Centenas presenciaram Lula descendo do ônibus na universidade. O PT pediu, sim, ao governo do estado que providenciasse toda a segurança para a caravana." informou o PT, segundo O GLOBO.

Prematura, a nota apenas complicou ainda mais a situação. Logo em seguida, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná disse que a organização da caravana do ex-presidente Lula não pediu uma escolta. Em comunicado enviado à imprensa nesta quarta-feira (28), a pasta ainda pontuou que houve alteração no roteiro e no cronograma da caravana que haviam sido informados anteriormente às forças de segurança do estado.

Estas contradições tornam o incidente ainda mais suspeito. Por qual motivo os organizadores da caravana teriam alterado o roteiro e 'dispensado' a requisição de escolta, para logo em seguida ser envolvida em um suposto ataque? Qual o motivo em insistir em afirmar que Lula estava no ônibus?

Segundo a Sesp, "Não houve qualquer pedido formal de escolta da caravana do ex-presidente nem o próprio ex-presidente, embora ele tenha esta prerrogativa. Tanto é que o paradeiro dele é incerto e não sabido", diz a nota da Secretaria, rebatendo novamente a informação de que Lula estava em um dos ônibus.

É fato que há vários aspectos a serem esclarecidos em mais este episódio. O simples esclarecimento se Lula estava ou não presente no ônibus já é mais que suficiente por enquanto.  Sobre os organizadores da caravana terem alterado o roteiro e deixado de solicitar escolta à Polícia Militar nos momentos que antecederam o suposto araque, é pouco provável que algo seja esclarecido. O ex-presidente já se envolveu em uma série de enrascadas tentando criar soluções mágicas para problemas insolúveis, como no caso dos recibos 'ideologicamente falsos', segundo o Ministério Publico Federal.