segunda-feira, 19 de março de 2018

Celso Daniel “versus” Marielle Franco

As milhares de manifestações nas redes sociais relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL/RJ, no Rio de Janeiro, ocorrido na semana passada, podem ser até consideradas como um raro fenômeno psicossociológico de surgimento de uma espécie de  “MÍDIA DO POVO”.
Uma “mídia” própria. Uma mídia mais inteligente e independente que a “tradicional”, aquela mesma que  tem  espaços à “vontade” nos veículos de comunicação de massa. E que nem sempre fala ou escreve a verdade...
Tudo leva a crer que a população efetivamente participante das mídias sociais, notadamente em “comentários”, ou “compartilhamentos”, formou opinião própria, muito sólida e convicta, independentemente dos chamados “formadores de opinião”, e da grande imprensa em geral que lhes dá suporte.
Em toda essa nova “mídia popular”, o que mais tem chamado a atenção é a comparação entre os assassinatos do Prefeito de Santo André-SP, Celso Daniel, do PT, em 2002, e da Vereadora Marielle, ambos atribuídos pelos “correligionários” e afins políticos das vítimas  como sendo de responsabilidade e autoria dos seus adversários políticos. 
Quem não lembra que logo após a morte de Celso Daniel houve uma verdadeira romaria de gente “importante” do PT, indo a Santo André para acusar a “direita”, os adversários políticos, do seu assassinato? 
E que devido às investigações policiais e judiciais hoje em andamento as suspeitas já estão recaindo mais sobre a “cumpanherada” do próprio PT, e que a eliminação do prefeito teria sido pelo fato dele não compactuar com a roubalheira que o PT estaria protagonizando na administração daquele município, com isso tornando-se uma “ameaça viva” aos ladrões?
Essa “virada” hoje tornou-se quase um consenso na opinião pública. Ninguém mais acredita naquelas antigas “lorotas” do PT.
Agora aquelas mesmas “lorotas” usadas antes em relação ao assassinato do prefeito Celso Daniel estão sendo usadas pela mesma “tchiurma” para “explicar” o assassinato da vereadora Marielle.
A grande diferença entre o caso presente e o antigo é que agora a “virada”, o desmentido, está se dando bem mais rápido. Quase com a velocidade de um relâmpago. Toda a “armação” que fizeram está sendo desmontada. Item por item.                
Já ficou muito claro desde logo que a “gritaria” da esquerda, mesmo com aval de parte da Grande Imprensa (Globo, etc.), é totalmente “furada”, e que a execução da vereadora Marielli seria a tentativa de “vitimização” da esquerda perante a opinião pública “burra”, não só para livrar o ex-presidente Lula das malhas da Justiça, mas principalmente em vista da proximidade das eleições em outubro desse ano, considerando que o PT julga-se “dono” da Presidência da República.
Mas pelo que já se observou, o povo não vai cair em mais essa “pegadinha” da esquerda, patrocinada pelo PT.
texto por Sérgio Alves de Oliveira, advogado, sociólogo,  pós-graduado em Sociologia PUC/RS