sábado, 21 de abril de 2018

Temer desafia torcida organizada pelo fracasso: "Bater no governo é fácil. Quero ver fazer"


O presidente Michel Temer, reconhecido como um homem afável, zeloso pela Constituição e pelo equilíbrio entre as Instituições do país, é também um político duro e inflexível em suas determinações, asseguram interlocutores. Influente e respeitado pela Cúpula das Forças Armadas, Temer enfrentou interesses poderoso no país, contrariando décadas de privilégios de sindicalistas, meios de comunicação, artistas, movimentos sociais, setores da imprensa, do Judiciário e do Ministério Público Federal, habituados pelos governos petistas ao acesso fácil ao dinheiro do contribuinte.

Um dos principais interlocutores do presidente afirma que ele é louco, levando em conta como costumavam ser as coisas no Brasil. "Nenhum chefe do executivo teve a ousadia de criticar os privilégios vergonhosos do Judiciário, do MPF, acabar com o imposto sindical, fechar a torneira do BNDES para empresários poderosos, acabar com cargos políticos na Petrobras, contrariar os poderosos artistas, jornalistas e formadores de opinião, e ainda propor acabar com a mamata dos privilegiados no serviço público e no INSS. Para qualquer político brasileiro, isto é um suicídio! Toda essa gente contrariada possui enorme poder na imprensa, nas Redes Sociais, nas universidades, escolas e hospitais. Sempre atuaram como cabos eleitorais dos políticos, e o Temer foi contrariá-los para ajustar a economia". Mas de longe, o maior perigo foi reduzir a inflação e os juros de forma tão drástica. Ele feriu de morte os interesses dos rentistas, donos de grandes fortunas, bancos e especuladores que lucravam milhões nas costas do povo.  Com uma imprensa cretina como esta que temos, financiada por especuladores e gente como Joesley Batista, não é nenhuma surpresa que Temer tenha sido demolido e atacado com tanto ódio", admite o interlocutor.

"Para piorar, Temer ainda decretou a intervenção federal no Rio, o que deve acabar com o financiamento de políticos pelo crime organizado, nomeou o ministro do STF que colocou Lula na cadeia e não moveu uma palha para interferir na Lava Jato em favor de Aécio, de caciques do próprio MDB, PP, PT, etc. O presidente espera ao menos que a Justiça prove qualquer ilícito em sua vida pública de mais de 50 anos antes dele concluir seu mandato. O que mais interessa ao Temer neste momento, após livrar o Brasil do PT e da recessão, é manter sua biografia ilibada, como maior autoridade em direito Constitucional Brasileiro no mundo", diz integrante da equipe de Temer no Palácio do Planalto. "Ele não se conforma em ver seu nome na boca de jornalistas cretinos que nem moram no Brasil e de políticos 'boquirrotos' que tentam se promover neste ano de eleição, mas que nunca fizeram nada pelo país"

Em seu pronunciamento em rede nacional nesta sexta-feira (20), Temer revela um pouco de seu lado duro ao se referir aos seus detratores, a quem se refere como "torcida organizada pelo fracasso". Sem deixar se intimidar por opositores, o presidente desafia seus críticos a fazer o que ele fez pelo país em apenas dois anos, após ter assumido a Presidência em meio a pior recessão da história. Nos três primeiros meses deste ano, o país gerou 206 mil empregos com carteira assinada e a inflação foi a mais baixa em 18 anos para o período.
Acompanhe abaixo a íntegra do desabafo do presidente?

"'Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda'. Amanhã comemoramos o Dia de Tiradentes e no dia seguinte, o descobrimento do Brasil. Dirijo-me a você, cidadã e cidadão brasileiros, com os versos do 'Romanceiro da Inconfidência', de Cecília Meireles, para falar sobre essa palavra tão importante: liberdade. 

Muito mais do que a independência sonhada pelos inconfidentes, hoje celebramos a liberdade da democracia, do direito de ir e vir, de pensar e expressar-se. Celebramos a liberdade da imprensa brasileira. A liberdade de agir segundo a própria vontade desde que isso não prejudique o outro.

Somos livres e vivemos em um Estado democrático de direito, onde deve haver o respeito mútuo, o respeito às leis e, principalmente, o respeito à Constituição Federal. Desrespeitá-la é criar insegurança e instabilidade entre pessoas e instituições. 

Nas viagens internacionais, tenho verificado que o Brasil é sempre muito prestigiado e muito bem visto pelas nações estrangeiras. Essa visão externa positiva e otimista não coincide com o Brasil que alguns propagam internamente. É fácil bater no Michel Temer, é fácil bater no governo, é fácil só criticar. Quero ver fazer, quero ver conquistar. Quero ver construir e realizar o que nós conseguimos, avançar em tão pouco tempo.

A torcida organizada pelo fracasso tenta bater bumbo, tenta perder o jogo todos os dias. A verdade é que o Brasil virou esse jogo. Alcançamos, nesses dois anos, vitórias expressivas, recordes após recordes, mas muitos teimam em não perceber a mudança, em não admitir o nosso sucesso: o sucesso do Brasil. 

Falo da menor inflação e dos menores juros de todos os tempos que protegem o dinheiro do trabalhador, seu poder de compra, com mais crédito e mais tranquilidade. Falo da volta do crescimento econômico e do projeto do maior salário mínimo da história. Falo do alimento mais barato na sua mesa, não só porque colhemos as duas maiores safras do Brasil, mas porque soubemos criar políticas de valorização do homem do campo. 

Falo do que foi feito na saúde, na educação, com as 500 mil vagas em tempo integral e a reforma do ensino médio. Falo do meio ambiente com a criação de unidades de conservação do tamanho de um estado como o Mato Grosso. Isso ninguém divulga. 

Falo da criação do Ministério da Segurança Pública com a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro. Iniciativas inéditas que governo algum teve a coragem de tomar no enfrentamento e combate à violência urbana e ao crime organizado.

Falo da retomada das obras nas estradas, da melhoria nos aeroportos e da transposição do rio São Francisco para abastecer de água o Nordeste, onde também iniciamos a revitalização para garantir a vida do rio. Os postos de trabalho estão ressurgindo. São quase 2 milhões nesses últimos tempos. Posso lembrar a devolução do PIS-PASEP ou da liberação do Fundo de Garantia que colocou cerca de 50 bilhões de reais no bolso do trabalhador.Retomamos a confiança e a credibilidade internacional, de que é prova evidente do índice da bolsa de valores que não para de subir. 

Precisamos de uma injeção de otimismo no país. Precisamos, verdadeiramente, de bons sentimentos. O Brasil voltou para ganhar. E precisamos ter orgulho disso. 

Precisamos acabar de vez com uma disputa irracional que busca jogar uns contra outros. Esse é um ano de eleições, é um ano de escolhas, e elas deverão transcorrer na maior tranquilidade e é isso que quero garantir-lhes a partir das minhas competências como Presidente da República Federativa do Brasil.

E pra isso é preciso paz, justiça, segurança, responsabilidade. É preciso coragem, é preciso saber fazer. E estamos na direção certa. Que nesse 21 de abril, lembremos que Tiradentes foi acusado e condenado por lutar e defender um Brasil livre, forte e independente. Ao final, a história lhe deu a vitória maior. Seu exemplo de luta é exemplo para todos nós que trabalhamos para trazer mais conquistas ao Brasil.

É hora de nos unirmos para não perdermos o que foi conquistado.Boa noite, obrigado e um Brasil livre, justo e melhor para todos!"

Michel Temer.