quinta-feira, 24 de maio de 2018

Após possibilidade das Forças Armadas atuarem contra bloqueios em estradas, Bolsonaro retira apoio ao movimento de caminhoneiros e buga cabeça de seus eleitores


O governo já conseguiu dezenas de liminares que permitem o uso da força para acabar com bloqueios em estradas promovidos por integrantes do movimento grevista de caminhoneiros em todo o Brasil. Logo após a ventilação da possibilidade de convocação das Forças Armadas para liberar estradas bloqueadas, o deputado federal e pré-candidato a Presidência Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que não apoia o bloqueio de estradas pelo movimento grevista.


O pré-candidato bugou a cabeça de seus eleitores ao se manifestar contra o bloqueio de estradas nesta quinta-feira (24) em Salvador.


"O bloqueio de estradas não é salutar. Parar os caminhões, 100% apoio meu. Mas para bloquear estradas não tem meu apoio", disse o presidenciável, citando um projeto de lei de sua autoria que prevê punições mais pesadas para protestos que impeçam o direito de ir e vir das pessoas.


Bolsonaro também criticou a política praticada nos governos dos ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) de subsídio ao crédito para compra de caminhões. Segundo ele, o aumento do crédito ampliou a frota de caminhões e fez cair o preço dos fretes.


O nome do pré-candidato já estava sendo associado a setores da esquerda que passaram a apoiar os bloqueios de estradas que tem mergulhado o país no caos do desabastecimento e colocando até vidas em risco. Na prática, quem critica bloqueios de estradas do MST, sem-teto ou qualquer outro movimento, deve ter a mesma visão em relação a outras categorias que impeçam o cidadão de gozar de seu direito de ir e vir, informa o site Imprensa Viva.

Segundo a publicação, ao menos até antes destas declarações, não havia ficado claro o tipo de apoio de Bolsonaro ao movimento grevista.