O juiz federal Sérgio Moro se manifestou esta semana em mais uma manobra da defesa do ex-presidente Lula para desbloquear os cerca de R$ 9.6 milhões bloqueados em suas contas.
Moro determinou que a defesa do petista comprove a origem lícita dos recursos confiscados por determinação do próprio Moro.
Em despacho divulgado na semana passada, o juiz diz que a defesa atribuiu os valores - R$ 7,1 milhões em plano de previdência empresarial e R$ 1,8 milhão em plano de previdência individual - a ganhos da empresa de Lula "sem esclarecer a origem remota, o que seria oportuno".
Moro pediu explicações depois que Lula solicitou liberação de recursos bloqueados para que possa pagar os gastos relativos às suas despesas com a defesa em oito ações penais em curso na Justiça Federal de Curitiba e do Distrito Federal.
Caso a defesa de Lula consiga comprovar que o dinheiro foi ganho honestamente, Moro poderá disponibilizar os recursos ao petista, que alega ainda que seus familiares estão passando por dificuldades.
O problema será comprovar a origem lícita do dinheiro. Lula e seus advogados já tiveram inúmeras oportunidades de apresentar provas, mas até o momento, não conseguiram comprovar a origem dos R$ 9.6 milhões.