O Juiz Sérgio Moro expediu mais 23 mandados no âmbito da Operação Deja Vu, a 51.ª etapa da Operação Lava Jato. Agentes da Polícia Federal cumpriram quatro mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão que foram cumpridos no Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo nesta terça-feira, 08.
A operação autorizada pelo responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba investiga obtenção de contratos junto à Petrobras mediante o pagamento de vantagens indevidas a executivos e gerentes da empresa petrolífera. A investigação comandada por Sérgio Moro aponta que a Odebrecht pagou propina equivalente a cerca de R$ 200 milhões entre 2010 e 2012 para obter um contrato com a Petrobrás de US$ 825 milhões.
As provas para a deflagração da operação foram obtidas através dos acordos de colaboração premiada e de leniência firmados com o grupo Odebrecht e seus executivos, além de pedidos de cooperação jurídica internacional mantidos com a Suíça e investigações internas da Petrobras.
Todos os detidos nesta nova fase serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, local onde o ex-presidente Lula e demais alvos da Lava Jato estão presos, onde permanecerão à disposição da Justiça.
Os crimes teriam ocorrido durante os primeiros anos do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, entre os anos de 2010 e 2012.
Antes de assumir a Presidência, Dilma ocupava o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras desde 2003. A função foi acumulada com os cargos de ministra das Minas e Energia e ministra chefe da Casa Civil.
Em todos os casos, inclusive na Presidência da República até 2016, Dilma foi a pessoa que mais esteve envolvida com as tomadas de decisões na estatal, inclusive na manutenção de diretorias, fechamento de contratos e negociação de novos negócios na estatal. A petista esteve por trás das tomadas de decisões da companhia por 13 anos.
Não é por acaso que Dilma foi apontada por dezenas de delatores como beneficiária direta dos desvios bilionários na estatal que irrigaram suas campanhas de 2010 e 2014.
Além do empresário Marcelo Odebrecht, o casal de marqueteiros Monica Moura e João Santana, Dilma foi delatada pelos ex-diretores da Petrobras Pedro Barusco, Renato Duque e Paulo Roberto Costa. Dilma também foi apontada como partícipe do esquema criminoso pelos ex-petistas Delcídio do Amaral e o ex-ministro Antonio Palocci.
Mas graças a suas boas relações com setores da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Supremo Tribunal Federal, Dilma continua livre, leve e solta, viajando pelo mundo as custas do contribuinte brasileiro.
Com informações do site Imprensa Viva.