A semana foi a pior possível para o jornalista Paulo Henrique Amorim.
Na quinta-feira (14), o seu último recurso foi indeferido e ele terá que cumprir a pena de prisão de um ano e oito
meses a que foi condenado pelo cometimento do crime de injúria racial contra o jornalista Heraldo Pereira, da
Rede Globo, publica o site Jornal da Cidade Online.
O caso aconteceu em 2008. PH criticou Heraldo alegando que por ser apenas um contratado da Rede Globo,
não passava de ‘um negro de alma branca’, um negro a serviço dos brancos, um negro capacho.
Condenado já em primeira instância, o jornalista perdeu o seu último recurso no Supremo Tribunal Federal
(STF).
A pena deverá ser cumprida em regime aberto, modalidade onde o apenado pode trabalhar durante o dia e deve
obrigatoriamente recolher-se no período noturno, além de outras restrições e o comparecimento periódico
perante a vara de execuções penais.
Paralelamente, na esfera cível, parte do salário do jornalista junto a Rede Record está penhorado com o objetivo
de pagar indenizações por danos morais a que foi condenado.
Supõe-se que o patrimônio de Paulo Henrique esteja inteiramente ocultado. Colocado em nome de terceiros e
em uma empresa offshore em paraíso fiscal (Ilhas Virgens Britânicas).
A vida do jornalista transformou-se num dia-a-dia de dribles em oficiais de justiça, descumprimento de decisões
judiciais e na utilização de sua condição de ‘idoso’ para não assumir responsabilidades.
Além da condenação no processo crime contra Heraldo Pereira, o jornalista tem outras condenações em
processos movidos pelos jornalistas Merval Pereira e Ali Kamel. Também tem uma outra condenação numa
ação movida pelo jornalista e senador Lasier Martins, a quem chamou de ‘vigarista’, ‘sabujo’, ‘agenciador de
salames coloniais’, ‘porta-voz do império mafiomidiático guasca’ e ‘velhaco’. Usou as palavras ‘jornalista’ e
‘comentarista’ entre as aspas, em flagrante deboche.
Enfim, sua situação é dramática, ensejando um triste e lamentável fim de carreira.
Fonte: Conjur