Desde que a Lava Jato estilhaçou lideranças e partidos, o noticiário político migrou da editoria de
política para a de polícia. A costura das coligações para 2018 exige um novo arranjo. O melhor
lugar para veicular as notícias sobre a sucessão presidencial é, no momento, a sessão de
economia e negócios.
Valdemares, Jeffersons e outros azares, que já passaram ou ainda vão passar pela cadeia
negociam com os candidatos como se fossem executivos de empresas falidas que ainda detêm
um espólio valioso no mercado eleitoral: tempo de propaganda no rádio e na TV.
O centrão farejou no mercado uma oportunidade de negócios. O grupo reuniu num mesmo cesto
todo o tempo de que dispõem no horário eleitoral. E encostou seus interesses inconfessáveis nos
projetos de Geraldo Alckmin e Ciro Gomes.
Com ares de quem brinca de cubos, os candidatos negociam suas alianças com os mesmos
métodos que deram no mensalão e na Lava Jato. Logo, logo o lema da bandeira —“Ordem e
Progresso”— será substituído por negócio é negócio.
fonte: blog de Josias de Souza, comentarista político