quinta-feira, 19 de julho de 2018

O Judiciário Brasileiro é tão bacana que a condenação de seus membros por má conduta é receber altos salários sem precisar trabalhar nunca mais na vida


No momento em que o Judiciário investiga e decide sobre uma possível punição para o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região de Porto Alegre que mandou soltar o ex-presidente Lula em seu plantão, o Estadão traz uma matéria sobre outro caso de 'punição exemplar' a membros do Judiciário.

A desembargadora Willamara Leila de Almeida, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, foi 'condenada' à uma aposentadoria compulsória, após ter sido afastada do cargo em 2011, após uma operação da Polícia Federal apontar o envolvimento da magistrada em esquema de venda de sentença e fraude em cobrança de precatórios.

Segundo a publicação, "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pela aposentadoria compulsória em 2012 e, três anos depois, ela foi condenada pela Justiça a 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto por peculato e porte ilegal de arma. Em maio deste ano, porém, o Tribunal de Justiça reduziu a pena para 2 anos e 8 meses e declarou extinta a punição". Apesar da condenação,  Willamara continua recebendo seu salário de desembargadora, sem precisar trabalhar.

Segundo a própria Willamara, a situação não é 'justa': "Preferiria não receber nada e ter as provas contra mim analisadas e, depois, absolvida, do que receber o que recebo. Não é um prêmio, como muitas pessoas acham. Para mim, é castigo, mesmo recebendo um valor por mês sem trabalhar. Queria trabalhar para fazer jus ao recebimento. Tenho plena condição física de trabalhar".

Willamara Leila de Almeida , nasceu no dia 22 de novembro de 1955, tem 57 anos e recebe seu salário como desembargadora há sete anos, sem precisar trabalhar. O homem que se aproveitou de seu plantão no TRF-4 para mandar soltar Lula pode ter o mesmo destino 'trágico'. O Judiciário Brasileiro é mesmo muito bacana com seus pares e bastante generoso com o dinheiro suado do contribuinte.

Com informações do Estadão