quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Moro afirma que tirar casos e provas da Lava Jato sobre o assalto na Petrobrás é a pior forma de combater a corrupção


Ao responder a um pedido de incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar um processo da Lava Jato. o juiz federal Sérgio Moro alertou que este tipo de prática não contribuiu em nada para o combate ao esquema de corrupção colocado em prática na Petrobras, publica o site Imprensa Viva.


Segundo a publicação, Moro afirmou em despacho que a "pior forma" de lidar com esquemas de corrupção é "dispersar os casos e as provas".



No despacho, Moro acrescentou que as investigações sobre o esquema que atuou na Petrobras devem ser mantidas na 13ª Vara.



"A pior forma de lidar com um esquema criminoso comum – e que inclui não só o mesmo modus operandi, mas também a utilização dos mesmos instrumentos de lavagem de dinheiro – é dispersar os casos e as provas por todo o território nacional", afirmou o juiz.



Moro reagiu a um pedido de incompetência apresentada pelos advogados de Carlos Roberto Martins Barbosa, ex-funcionário da Petrobras investigado pela suposta participação em esquema de corrupção na compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela estatal brasileira.



O responsável pela Operação Lava Jato em primeira instância rejeitou o pedido de incompetência e explicou que a investigação integra um conjunto de fatos que fazem parte do mesmo esquema criminoso.



"A utilização de similares expedientes de lavagem de dinheiro, com recursos criminosos de origem diversa sendo misturados nas mesmas contas, torna necessária a investigação e processo conjunto, sob pena de dispersão de provas", justificou Sérgio Moro.