quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O homem que Lula e Dilma escolheram para cuidar do dinheiro do povo. Mantega tinha US$ 2 milhões ocultos na Suíça


O juiz Sérgio Moro acolheu a denúncia contra o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Guido Mantega esta semana e alertou para o fato do homem escolhido pelos dois ex-presidentes petistas para cuidar do dinheiro do contribuinte manter uma conta não declarada no exterior. O ex-ministro da fazenda petista responde agora por um processo na Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por ter participado da edição da ‘MP da Crise’, registra o site Imprensa Viva.

Segundo a publicação, ao tornar o petista réu, Moro destacou que o ministro da Fazenda que comandou a economia do país durante quase dez anos tinha duas contas não declaradas no exterior, com aproximadamente US$ 2 milhões. Segundo o magistrado, o saldo de uma das contas só foi conhecido após o ex-ministro usar a Lei da Repatriação.

Moro salientou em seu despacho que “O ocupante do cargo de ministro da Fazenda no Brasil, entre 27 de março de 2006 a 1 de janeiro de 2015, mantinha ativos de quase US$ 2 milhões no exterior não declarados às autoridades brasileiras, nem mesmo à Receita Federal.”

“Agregue-se ao quadro probatório a inusitada revelação de que o acusado Guido Mantega é titular de não só uma, mas de pelo menos duas contas no exterior, uma em nome pessoal e outra em nome da offshore Papillon Company, ambas abertas no Banque Pictet & Cie S/A. A conta em nome próprio teria um saldo de US$ 143.608,00 e estaria bloqueada provisoriamente pelas autoridades suíças”, pontuou Moro.

“A conta em nome da offshore Papillon Company teria um saldo de USD 1.777.213,00 e também estaria bloqueada provisoriamente pelas autoridades suíças”, seguiu o juiz. “Embora as informações sobre as contas não estejam completas, os créditos remontam a 2007. A conta da offshore e o saldo respectivo só foram informadas no Brasil quando da adesão, em 21 de julho de 2017, pelo acusado Guido Mantega ao programa de regularização cambial e tributária aprovado pela Lei nº 13.254/2016.”

Segundo Moro, ’embora a Defesa tenha, em petição apresentada a este Juízo, buscado justificar a origem do numerário em suposto pagamento por fora de negócio imobiliário do Brasil, a questão precisará ser melhor avaliada no momento e no processo próprio’.

Integrante de um grupo de petistas ilustres que vem sendo misteriosamente blindado de maiores embaraços com a Justiça, Mantega havia conseguido se esquivar da Lava-Jato por mais de quatro anos. A partir de agora, espera-se que o petista esclareça uma série de acusações que pesam contra ele. A Receita Federal, ludibriada por Mantega, é subordinada ao Ministério da Fazenda que ele comandou. 

É o típico caso da raposa tomando conta do galinheiro.