Em 25 de setembro, 23 dias antes da primeira matéria da Folha, de 18 de outubro, sobre um suposto financiamento ilegal de disparos de mensagens contra o PT, Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad, lançou no ar, em entrevista à Jovem Pan, uma suspeita de financiamento ilegal de fake news, registra O Antagonista.
O Antagonista transcreve o trecho e grifa os pontos principais.
“Na realidade, o que nós levamos ao TSE é um conjunto de notícias falsas – o que nós chamamos de fake news –, que tiveram uma amplificação muito veloz nas redes sociais e portanto provavelmente [que] tenham sido alvo de financiamento, porque todos nós que agimos nas redes sabemos que uma publicação não vai de mil compartilhamentos a 19 mil compartilhamentos em 10 minutos, como eu vi acontecer com meus próprios olhos, e nós levamos essa notícia ao TSE, porque trata-se de uma notícia falsa, como diversas, mas de um caráter muito mais grave.
“Por quê? Porque ela (notícia) diz – não é nenhuma indireta, é algo bastante direto –, que eu havia monitorado os passos durante o dia inteiro do sujeito que esfaqueou o candidato Jair Bolsonaro, percebam, no mesmo momento que o candidato diz que é vítima de um crime político e que sabe que a Polícia Federal quer abafar o crime.
Portanto cria um ambiente de altíssima intensidade de raiva contra mim, porque, imaginem vocês, um candidato que desperta amores e ódios como Bolsonaro ter sido alvo, em tese, por essa notícia falsa, de uma armação minha.
Então o que nós levamos ao TSE é o pedido que retirem isso do ar, que esclareçam quem são as pessoas que publicam, se há financiamento, se não há financiamento, que descubram a partir de investigação da Polícia Federal os IPs dos computadores que propagaram essa notícia e que forneçam não mais segurança, mas segurança, porque a Polícia Federal não fornece segurança aos candidatos a vice-presidente, como é o meu caso, apenas aos presidentes.”