Demétrio Magnoli declarou voto em Fernando Haddad. Agora se sente ludibriado.
Leia um trecho de sua coluna:
“Haddad parecia a muitos, inclusive a mim, um potencial deflagrador da ‘refundação’ do PT. Engano. Sua entrevista à Folha de S. Paulo prova que o discurso esboçado no segundo turno era teatro eleitoral.
O candidato, que engoliu a narrativa do ‘golpe do impeachment’ por exatas três semanas, retorna como sonâmbulo ao aposento de sempre, recoloca a máscara de Lula e se exibe como líder do PT de Gleisi, Lindbergh et caterva.
Lula ‘teria ganhado a eleição’, afirma o profeta Haddad, desafiando as evidências disponíveis (…).
A mistura fina de triunfalismo e vitimismo tem utilidade: serve para lacrar a direção lulista numa redoma higienizada, salvando-a da crítica de suas próprias bases.”