EIKE BATISTA NÃO QUER FICAR PRESO NEM UM DIA E NEGOCIA DELAÇÃO ANTES DE RETORNAR AO BRASIL
O empresário Eike Batista, que se encontra foragido da polícia brasileira e teve seu
nome incluído na lista de procurados internacionais da Interpol, tenta uma saída
"honrosa" para sua humilhante situação.
O ex-bilionário acusado de crime de corrupção ativa por repassar U$ 16 milhões ao ex-governador
Sérgio Cabral estaria em Nova York negociando seu retorno ao Brasil.
Segundo o advogado do empresário, Fernando Martins, que mantém tratativas com a
PF e com o MPF para negociar a apresentação de seu cliente.
Eike estaria negociando uma mega-delação, na qual se comprometeria a revelar vários
esquemas de corrupção envolvendo autoridades brasileiras, possivelmente os ex-presidentes
Lula e Dilma, em troca de um salvo conduto. O empresário quer a garantia
de que não será preso assim que chegar ao Brasil.
O site O Antagonista ouviu o renomado jurista Modesto Carvalhosa sobre as declarações do advogado de Eike Batista de que haveria uma negociação em curso
para a apresentação de seu cliente as autoridades. O jurista explicou que este tipo de
situação não existe:
"Negociar? Negociar o quê? Isso não existe. É um absurdo completo. Não há
precedente de negociação para deixar de cumprir uma ordem de prisão. Negociar
prisão não existe. Negociação só faz sentido em caso de sequestro com reféns."
Mais cedo, o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, informou que o ex-braço-direito de
Eike Batista, Flavio Godinho, e preso ontem, contratou o criminalista Celso Vilardi
para defendê-lo. O advogado é especialista em delações premiadas. Foi ele quem
conduziu os acordos de colaboração da Andrade Gutierrez e da Camargo Corrêa.