O LARANJAL DE DILMA. POLÍCIA FEDERAL REVELA QUE 'LARANJAS' FORAM USADOS PARA DESVIO DE RECURSOS DA CAMPANHA DA PETISTA
A ex-presidente Dilma Rousseff aparece numa situação bastante delicada no Relatório
da Polícia Federal que revela que ‘laranjas’ foram usados para desvio de recursos que
deveriam ter sido destinados em sua campanha de 2014. A petista chegou a entrar
com uma ação na Justiça para ter acesso ao relatório antes de sua entrega ao Tribunal
Superior Eleitoral, que conduz Ação de Investigação Judicial Eleitoral por supostas
irregularidades praticadas por Dilma.
A petista é a responsável direta por todas as declarações prestadas à Justiça Eleitoral
relativas a sua campanha de 2014. Dilma assinou todos os documentos entregues em
suas declarações de despesas de campanha. Este é o entendimento do Tribunal
Superior Eleitoral.
Entre os casos suspeitos apurados pela Polícia Federal, há o exemplo do motorista de
uma gráfica que ganhava salário de R$ 3 mil, mas movimentou cerca de R$ 1 milhão
na conta bancária.O documento é um resumo dos resultados das diligências realizadas pela PF em dezembro de 2016, quando foram visitadas as três gráficas contratadas
pela campanha DilmaTemer, a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda, a Focal
Confecção e Comunicação Visual Ltda e a Rede SEG Gráfica Eireli.
A PF aponta que a finalidade do uso de ‘laranjas’ por fornecedores da campanha seria
ocultação de bens e valores desviados para petistas. Os investigadores identificaram
que o dinheiro que deveria ter sido usado na campanha teve um destino diverso
daquele declarado por Dilma em sua prestação de contas. Parte dos recursos foi
desviado para pessoas físicas e jurídicas. Segundo a PF, este é um indicativo de que
este tipo de conduta pode resultar em consequências para Dilma na esfera criminal.
Segundo a jornalista Adreia Sadi, da Globo News, as gráficas movimentaram valores
excepcionais na campanha de 2014. A empresa Focal, por exemplo, apareceu como a
segunda maior fornecedora da campanha – recebeu aproximadamente R$ 25 milhões,
ficando atrás apenas do marqueteiro João Santana, que ganhou R$ 70 milhões e
acabou preso na Operação Lava Jato.