sábado, 28 de janeiro de 2017

OS CRIMES DE LULA, DILMA E DO PT. DELAÇÃO DE MARCELO ODEBRECHT SERÁ USADA EM NOVOS INQUÉRITOS, PROCESSOS E CONDENAÇÕES
O PT está mais perto do fim do que nunca. Lula e Dilma são as estrelas de primeira grandeza no horizonte de delações do empreiteiro Marcelo Odebrecht. Isto é um fato. O grupo comandado pelo executivo experimentou um crescimento extraordinário ao longo dos treze anos de governos petistas, saltando de um faturamento de U$ 5 bilhões em 2003 para U$ 140 bilhões em 2014. 

Não existe milagre capaz de permitir que uma empresa neste ramo de atividade apresente um crescimento tão vertiginoso em tão pouco tempo. A receita do Grupo Odebrecht sempre foi a corrupção. Isto é um fato. 

Envolvida no escândalo dos anões do orçamento, um gigantesco esquema de corrupção a partir de negociação de emendas no Congresso em 1993, a Odebrecht viveu um grande jejum de obras públicas a partir daquele ano. Na época presidente do grupo, Emílio Odebrecht vivia assediando o então presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem se encontrou oito vezes em seus oito anos de mandato, sem conseguir arrancar um grande contrato com o governo. 

Emílio estava indócil e viu em Lula a esperança para que seu grupo voltasse a fazer grandes negócios com o governo. O grupo investiu pesado na campanha do petista e, mesmo financiando campanhas de outros candidatos, atuou em todas as frentes para garantir a vitória do PT, provavelmente com o uso maciço de caixa 2. 

Com a vitória de Lula em 2002, Emílio Odebrecht voltou a sorrir. Logo que o petista assumiu o governo em janeiro de 2003, os dois passaram a se encontrar com frequência para tratar de contratos bilionários. O Grupo sugeria obras como pontes, estradas e usinas diretamente ao governo Lula por meio da criação de dotação orçamentária específicas. Não era mais preciso comprar parlamentares, pois o próprio governo petista era quem se encarregava de apresentar os projetos no Congresso. 

O grupo atuou de forma basicamente criminosa ao longo dos últimos treze anos, com a conivência de Lula, Dilma e demais integrantes do PT. O próprio Marcelo Odebrecht já escancarou a filosofia do grupo, um ano após assumir o comando da empresa. Durante uma entrevista, o executivo confirmou que o modelo de contratação de seus executivos fugia as regras do mercado e que atuava nos moldes da máfia para selecionar funcionários do alto escalão. Os profissionais eram contratados através de "indicação" de outros executivos, já familiarizados com os esquemas da empresa. 

Enquanto empresas competitivas disputam as melhores cabeças no mercado, a Odebrecht contratava seus profissionais sem se preocupar com suas qualificações, desde que fossem de "confiança". 

Marcelo Odebrech assumiu a Presidência do Grupo em 2009 e pouco tratou com Lula. O executivo confirmou que não gostava de negociar com o petista. A partir de 2010, Marcelo passou a tratar dos assuntos de interesse de sua empresa diretamente com Dilma e seus ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Foi um dos períodos mais prósperos para a empresa e para todos do PT, conforme ficou comprovado através das investigações da Operação Lava Jato. 

Preso em Curitiba desde 19 de junho de 2015, o "Príncipe" da empreiteira demonstrou toda sua arrogância nos primeiros meses de prisão. O executivo acreditava que, cedo ou tarde, conseguiria "mexer os pauzinhos" em Brasília e logo teria um habeas corpus. A ex­-presidente Dilma bem que tentou, nomeando Marcelo Navarro para a vaga de ministro do STJ. Caberia ao indicado pela petista relatar o pedido de soltura dos presos na Lava Jato, mas a manobra fracassou e Navarro acabou sendo voto vencido no tribunal.

Marcelo Odebrecht só se deu conta de que iria apodrecer na prisão quando o Supremo Tribunal Federal manteve o entendimento anterior da Corte sobre a possibilidade da decretação de prisão de condenados após julgamento em segunda instância. Por maioria, o plenário da Corte rejeitou as ações protocoladas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para que as prisões ocorressem apenas após o fim de todos os recursos, o trânsito em julgado. 

Outro fator que precipitou uma drástica mudança no comportamento de Marcelo Odebrecht foi a descoberta da Polícia Federal sobre o departamento de operações estruturadas da empreiteira, criado pelo próprio Marcelo para controlar as propinas destinadas a políticos. A PF teve acesso a uma série de planilhas onde constavam apelidos dados por Marcelo a dezenas de políticos. 

O Príncipe se despiu de sua arrogância, abaixou a cabeça e concordou um fazer um acordo de delação premiada. Desde então, Marcelo Odebrecht fez relatos sobre praticamente todos os esquemas de corrupção que manteve com Dilma e com ministros petistas. Ao longo das tratativas, o executivo acabou entregando seu próprio pai aos procuradores. Sempre que era perguntado sobre algum esquema envolvendo o ex­-presidente Lula, como obras superfaturadas em Belo Monte, refinarias da Petrobras ou liberação de recursos do BNDES para obras no exterior, Marcelo afirmava que estas coisas deveriam ser esclarecidas por seu pai, Emílio Odebrecht. 

Segundo fontes da própria Lava Jato, Marcelo falou tanto, com tanta franqueza e riqueza de detalhes que chegou a ser aplaudido pelos procuradores após terminar um longo relato sobre os esquemas de corrupção da empreiteira envolvendo os ex-presidentes Lula e Dilma, além de ministros petistas. Na ocasião, antes de dar início ao relato, o executivo teria dito que "O PT começa a acabar hoje". 

Conforme manda a lei de delação premiada, o delator precisa apresentar provas sobre seus relatos para conseguir firmar um acordo de redução de pena com a Justiça. Isto significa que Marcelo Odebrecht, além de delatar os ex-­presidentes Lula, Dilma e vários ministros petistas, forneceu provas sobre seus relatos. Sem isso, não conseguiria avançar em suas tratativas. 

Agora, toda esta trajetória de corrupção e crimes praticados em parceria com os governos petistas está próxima de um desfecho trágico para Lula, Dilma e outros petistas ilustres. Nesta sexta-­feira, 27, O juiz auxiliar do ministro Teori Zavascki nas investigações da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Márcio Schiefler Fontes, estará em Curitiba para ouvir pessoalmente da boca do próprio Marcelo Odebrecht algumas confirmações importantes para a homologação de seu acordo de delação. 

A audiência é um procedimento padrão antes da Justiça homologar um acordo de delação premiada. O juiz fará poucas perguntas a Marcelo Odebrecht, mas a principal é se a colaboração foi firmada por livre e espontânea vontade e acompanhada de seus advogados. O Príncipe está louco para dizer sim para tudo que lhe for perguntado. 

Após a simples confirmação de Marcelo Odebrecht, a Justiça poderá finalmente validar o acordo e as informações repassadas na colaboração poderão ser usadas em novas investigações, abertura de novos inquéritos e ajudar a corroborar condenações. 

É o capítulo final de uma longa história de corrupção e ganância. Outros políticos devem cair nas delações do empreiteiro, mas os maiores responsáveis por todo o esquema ao longo dos últimos treze anos são notadamente Lula, Dilma e alguns ministros petistas.