OS CRIMES DE LULA, DILMA E DO PT. DELAÇÃO DE MARCELO ODEBRECHT SERÁ USADA EM NOVOS INQUÉRITOS, PROCESSOS E CONDENAÇÕES
O PT está mais perto do fim do que nunca. Lula e Dilma são as estrelas de primeira grandeza
no horizonte de delações do empreiteiro Marcelo Odebrecht. Isto é um fato. O grupo
comandado pelo executivo experimentou um crescimento extraordinário ao longo dos
treze anos de governos petistas, saltando de um faturamento de U$ 5 bilhões em 2003
para U$ 140 bilhões em 2014.
Não existe milagre capaz de permitir que uma empresa neste ramo de atividade
apresente um crescimento tão vertiginoso em tão pouco tempo. A receita do Grupo
Odebrecht sempre foi a corrupção. Isto é um fato.
Envolvida no escândalo dos anões do orçamento, um gigantesco esquema de
corrupção a partir de negociação de emendas no Congresso em 1993, a Odebrecht
viveu um grande jejum de obras públicas a partir daquele ano. Na época presidente do
grupo, Emílio Odebrecht vivia assediando o então presidente Fernando Henrique
Cardoso, com quem se encontrou oito vezes em seus oito anos de mandato, sem conseguir arrancar um grande contrato com o governo.
Emílio estava indócil e viu em Lula a esperança para que seu grupo voltasse a fazer
grandes negócios com o governo. O grupo investiu pesado na campanha do petista e,
mesmo financiando campanhas de outros candidatos, atuou em todas as frentes para
garantir a vitória do PT, provavelmente com o uso maciço de caixa 2.
Com a vitória de Lula em 2002, Emílio Odebrecht voltou a sorrir. Logo que o petista
assumiu o governo em janeiro de 2003, os dois passaram a se encontrar com
frequência para tratar de contratos bilionários. O Grupo sugeria obras como pontes,
estradas e usinas diretamente ao governo Lula por meio da criação de dotação
orçamentária específicas. Não era mais preciso comprar parlamentares, pois o próprio
governo petista era quem se encarregava de apresentar os projetos no Congresso.
O grupo atuou de forma basicamente criminosa ao longo dos últimos treze anos, com
a conivência de Lula, Dilma e demais integrantes do PT. O próprio Marcelo Odebrecht
já escancarou a filosofia do grupo, um ano após assumir o comando da empresa.
Durante uma entrevista, o executivo confirmou que o modelo de contratação de seus
executivos fugia as regras do mercado e que atuava nos moldes da máfia para
selecionar funcionários do alto escalão. Os profissionais eram contratados através de
"indicação" de outros executivos, já familiarizados com os esquemas da empresa.
Enquanto empresas competitivas disputam as melhores cabeças no mercado, a
Odebrecht contratava seus profissionais sem se preocupar com suas qualificações,
desde que fossem de "confiança".
Marcelo Odebrech assumiu a Presidência do Grupo em 2009 e pouco tratou com Lula.
O executivo confirmou que não gostava de negociar com o petista. A partir de 2010,
Marcelo passou a tratar dos assuntos de interesse de sua empresa diretamente com
Dilma e seus ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Foi um dos períodos mais
prósperos para a empresa e para todos do PT, conforme ficou comprovado através das
investigações da Operação Lava Jato.
Preso em Curitiba desde 19 de junho de 2015, o "Príncipe" da empreiteira demonstrou
toda sua arrogância nos primeiros meses de prisão. O executivo acreditava que, cedo
ou tarde, conseguiria "mexer os pauzinhos" em Brasília e logo teria um habeas corpus.
A ex-presidente Dilma bem que tentou, nomeando Marcelo Navarro para a vaga de
ministro do STJ. Caberia ao indicado pela petista relatar o pedido de soltura dos
presos na Lava Jato, mas a manobra fracassou e Navarro acabou sendo voto vencido
no tribunal.
Marcelo Odebrecht só se deu conta de que iria apodrecer na prisão quando o Supremo
Tribunal Federal manteve o entendimento anterior da Corte sobre a possibilidade da
decretação de prisão de condenados após julgamento em segunda instância. Por
maioria, o plenário da Corte rejeitou as ações protocoladas pela Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para que as prisões
ocorressem apenas após o fim de todos os recursos, o trânsito em julgado.
Outro fator que precipitou uma drástica mudança no comportamento de Marcelo
Odebrecht foi a descoberta da Polícia Federal sobre o departamento de operações
estruturadas da empreiteira, criado pelo próprio Marcelo para controlar as propinas
destinadas a políticos. A PF teve acesso a uma série de planilhas onde constavam
apelidos dados por Marcelo a dezenas de políticos.
O Príncipe se despiu de sua arrogância, abaixou a cabeça e concordou um fazer um
acordo de delação premiada. Desde então, Marcelo Odebrecht fez relatos sobre
praticamente todos os esquemas de corrupção que manteve com Dilma e com
ministros petistas. Ao longo das tratativas, o executivo acabou entregando seu próprio
pai aos procuradores. Sempre que era perguntado sobre algum esquema envolvendo o
ex-presidente Lula, como obras superfaturadas em Belo Monte, refinarias da
Petrobras ou liberação de recursos do BNDES para obras no exterior, Marcelo
afirmava que estas coisas deveriam ser esclarecidas por seu pai, Emílio Odebrecht.
Segundo fontes da própria Lava Jato, Marcelo falou tanto, com tanta franqueza e
riqueza de detalhes que chegou a ser aplaudido pelos procuradores após terminar um
longo relato sobre os esquemas de corrupção da empreiteira envolvendo os ex-presidentes
Lula e Dilma, além de ministros petistas. Na ocasião, antes de dar início
ao relato, o executivo teria dito que "O PT começa a acabar hoje".
Conforme manda a lei de delação premiada, o delator precisa apresentar provas sobre
seus relatos para conseguir firmar um acordo de redução de pena com a Justiça. Isto
significa que Marcelo Odebrecht, além de delatar os ex-presidentes Lula, Dilma e
vários ministros petistas, forneceu provas sobre seus relatos. Sem isso, não
conseguiria avançar em suas tratativas.
Agora, toda esta trajetória de corrupção e crimes praticados em parceria com os
governos petistas está próxima de um desfecho trágico para Lula, Dilma e outros
petistas ilustres. Nesta sexta-feira, 27, O juiz auxiliar do ministro Teori Zavascki nas
investigações da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Márcio Schiefler
Fontes, estará em Curitiba para ouvir pessoalmente da boca do próprio Marcelo Odebrecht algumas confirmações importantes para a homologação de seu acordo de
delação.
A audiência é um procedimento padrão antes da Justiça homologar um acordo de
delação premiada. O juiz fará poucas perguntas a Marcelo Odebrecht, mas a principal
é se a colaboração foi firmada por livre e espontânea vontade e acompanhada de seus
advogados. O Príncipe está louco para dizer sim para tudo que lhe for perguntado.
Após a simples confirmação de Marcelo Odebrecht, a Justiça poderá finalmente
validar o acordo e as informações repassadas na colaboração poderão ser usadas em
novas investigações, abertura de novos inquéritos e ajudar a corroborar condenações.
É o capítulo final de uma longa história de corrupção e ganância. Outros políticos
devem cair nas delações do empreiteiro, mas os maiores responsáveis por todo o
esquema ao longo dos últimos treze anos são notadamente Lula, Dilma e alguns
ministros petistas.