O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, STF, deve ser único ser humano na
face da terra que acreditou que o ex-presidente Lula não sabia de nada sobre o
esquema de corrupção que ficou conhecido como o "mensalão" em 2006. Hoje se sabe
que o esquema de corrupção do PT na Petrobras remonta ao ano do primeiro mandato
de Lula, em 2003, quando foi montada uma verdadeira organização criminosa na
estatal sob o comando do petistas. Caso Joaquim Barbosa não tivesse poupado Lula,
teria poupado o Brasil dos desvios bilionários do PT até o ano de 2015.
Barbosa foi alertado sobre o envolvimento de Lula no assassinato de Celso Daniel pelo
publicitário Marcos Valério, que afirmou em depoimento prestado em 2012 que o
empresário Ronan Pinto havia ameaçado Lula, seu ex-secretário da Presidência,
Gilberto Carvalho, e o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, por isso teria
recebido os 6 milhões de reais do PT.
Na época, o então presidente do STF, Joaquim Barbosa admitiu saber do teor das
denúncias feitas por Valério, mas não respondeu se considerava a acusação grave e
disse que tomou conhecimento "não oficial" do depoimento dado por Marcos Valério.
"Tomei conhecimento oficioso, não oficial". Leia . É no mínimo estranho que
um presidente do STF ignore uma denúncia envolvendo corrupção e assassinato.
Barbosa ignorou.
Diferentemente do que ocorreu no mensalão, quando Joaquim Barbosa tentou
explicar para o Brasil que Lula não sabia de nada, o juiz Sérgio Moro está munido da
disposição de comprovar que a história não é bem essa. Dez anos depois do escândalo
do mensalão, Moro vai prender Lula pelo esquema do Petrolão e provar que Barbosa
estava errado ou foi conivente com Lula, o maior corrupto da história do país. Desta
vez, Lula não tem nem Barbosa, nem foro privilegiado. Vai ser preso pelo Mensalão e
pelo Petrolão.