A ex-presidente Dilma Rousseff já veio a público para defender figuras como o ex-ministro
José Dirceu, João Vaccari Neto e o próprio Lula, seu mento e tutor político
desde 2002. A petista também já colocou a mão no fogo por outros alvos de processos
petistas ou presos na Lava Jato, como o ex-ministros Guido Mnatega e Antonio
Palocci.
Mas o depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo delator Marcelo
Odebrecht diz o contrário. O executivo afirmou que, na planilha da empreiteira, os
itens "Italiano" e "pósItália" receberam, somados, o valor de R$ 300 milhões,
negociados primeiro com o ex-ministro Antônio Palocci e depois com o ex-ministro
Guido Mantega. Na empreiteira, "Italiano" era o apelido de Palocci e "pósItália" era
usado para se referir a Mantega.
Marcelo Odebrecht foi mais longe e afirmou que Dilma tinha conhecimento sobre todo o esquema de propina que irrigou sua campanha e os cofres do PT. A própria Dilma
que teria indicado o ex-ministro Guido Mantega como sucessor de Antonio Palocci na
intermediação de propina para sua campanha.
O ex-diretor da Odebrecht também
confirmou na segunda-feira, 06, em seu depoimento ao TSE que o ex-ministro
Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, também lhe pediu e recebeu
R$ 30 milhões em propina para a campanha da petista daquele ano.
Conteúdo: Folha Política