Em seu post, Dallagnol disse que a maior parte das palestras que dá são gratuitas. Eventualmente, há remuneração envolvida e os valores foram sempre doados. No ano passado, o valor total recebido pela participação em eventos, não divulgado pelo procurador, foi doado para o hospital Erasto Gaertner, entidade filantrópica localizada em Curitiba que oferece tratamentos contra câncer.
Neste ano, a destinação do dinheiro será diferente. Dallagnol explica que tem retirado 10% dos pagamentos que recebe para despesas pessoais e impostos. O restante está sendo destinado a um fundo que será usado para custear despesas “decorrentes da atuação de servidores públicos em operações de combate à corrupção, tal como a Operação Lava Jato, para o custeio de iniciativas contra a corrupção e a impunidade, ou ainda para iniciativas que objetivam promover, em geral, a cidadania e a ética”.
A informação sobre os possíveis ganhos do procurador com palestras surgiu a partir da divulgação de seu nome em um site que oferece o serviço de várias personalidades. Esse anúncio já foi retirado do ar e o site admitiu que não tinha autorização de Dallagnol para veiculá-lo, mas gerou várias críticas contra Dallagnol, que diz não ter autorizado o uso do seu nome no portal.
No post, o procurador observa que teria o direito de dar uma destinação pessoal ao dinheiro, mas optou pelas doações porque não queria deixar dúvidas de que sua única motivação para a participação em eventos é contribuir para o combate à corrupção.