segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Raquel Dodge chama grupo de Janot para ficar na Lava Jato


A subprocuradora-geral da República Raquel Dodge,e futura chefe do Ministério Público Federal, chamou nesta segunda-feira (14/8) os integrantes do grupo de trabalho da Procuradoria Geral da República que atuam na Lava Jato em Brasília para que permaneçam nos cargos após sua posse, em 18 de setembro. O convite foi apresentado por Dodge ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no primeiro encontro dos dois na transição.

Na campanha ao cargo, Dodge já tinha indicado pela permanência dos integrantes. O grupo que trabalha na Lava Jato com Janot é formado por nove integrantes – há indicações, no entanto, de que parte não devem ficar.
A informação foi repassada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em reunião que contou com a participação do vice-procurador-geral da República, do vice-procurador-geral eleitoral, de toda a assessoria de Rodrigo Janot, além dos integrantes da Comissão de Transição indicados por Dodge. Essa foi a primeira reunião da transição que contou com a presença de Janot e Dodge. Os dois discutiram a dinâmica dos trabalhos e estabeleceram cronograma dos próximos encontros.
A gestão de Janot termina no dia 17 e a posse de Dodge foi marcada para o dia 18 e deve ocorrer efetivamente no prédio da própria PGR, após polêmica sobre a cerimônia ocorrer no Palácio do Planalto, assunto que teria sido tratado em encontro com o presidente Michel Temer, fora da agenda presidencial.
A equipe de transição de Dodge é formada pelos seguintes procuradores: Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, Lauro Pinto Cardoso Neto, Raquel Branquinho Pimenta Mamede Nascimento, Alexandre Camanho de Assis e José Alfredo de Paula e Silva – sendo que todos devem ocupar cargos de destaque na nova gestão, formando o núcleo duro da nova chefe do MP. Todos atuam na Procuradoria Regional da República da 1ª Região, que fica em Brasília. Cardoso foi, inclusive, secretário-geral do Ministério Público Federal na gestão de Janot, mas deixou o cargo em 2016.
Em nota, a PGR informou que essas reuniões da transição, para Janot, são de suma importância para evitar descontinuidade das investigações em curso no gabinete do Procurador-Geral da República, bem como de outros processos judiciais e extrajudiciais de áreas como constitucional, cível, tutela coletiva e cooperação internacional. “As equipes trabalham de forma profissional e visando o interesse público. O Ministério Público sai fortalecido com isso” , diz o texto.