quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Lula caminha para ser preso como criminoso comum e tornar-se inelegível pela Lei da Ficha Limpa. O desfecho de uma vida repleta de crimes

O PT entrou em desespero com o anúncio desta terça-feira, 12, de que o Tribunal Federal Regional da 4ª Região, o temido TRF-4, marcou o julgamento do ex-presidente Lula no caso do tríplex para o dia 24 de janeiro. Condenado em primeira instância pelo juiz da 13ª Vara Federal, Sérgio Moro, em 12 de julho deste ano, o caso de Lula chegou no TRF-4 70 dias depois da sentença que condenou o petista a 9 anos e seis meses de prisão. 

O relator do processo na Corte, o desembargador João Pedro Gebran Neto, levou 142 dias para analisar o caso e definir seu voto. Na esteira do andamento do processo, o desembargador Leandro Paulsen, que integra o colegiado incumbido de julgar o caso, vinha avaliando a situação do ex-presidente Lula, concomitantemente ao trabalho realizado por seus colegas. Esta semana, Paulsen encaminhou seu pedido à secretaria da 8ª Turma que marcasse a data para o julgamento para o dia 24 de janeiro.

Embora o ex-presidente Lula tenha se tornado alvo principal das investigações da Lava Jato há mais de três anos, somente agora o processo que pode determinar o primeiro desfecho para uma vida repleta de crimes chega em uma fase decisiva. Desde a condenação em Primeira Instância até o julgamento do TRF-4 em janeiro, terão se passado praticamente nove meses. Este é o tempo médio dos processos da Lava Jato. 

Apesar da impaciência dos brasileiros com a morosidade da Justiça e do ritmo normal dos processos que pesam contra Lula, integrantes do PT estão histéricos e denunciam que o caso do triplex está tendo uma celeridade acima do normal, apesar dos recursos da defesa do petista. 

Cabe ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), localizado em Porto Alegre, analisar os recursos do petista após a condenação em primeira instância. Se os magistrados Leandro Paulsen, Victor Luiz dos Santos Laus e João Pedro Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato na Corte gaúcha, confirmarem a sentença imposta por Moro, o magistrado poderá pedir a prisão imediata do petista. 

Neste caso, Lula será preso como um criminoso comum, já que não possui qualquer prerrogativa de foro privilegiado ou nível superior. Uma vez preso, o petista poderá entrar com um pedido de habeas corpus em instâncias superiores, o que significa que terá que passar ao menos alguns dias em cana.