domingo, 17 de dezembro de 2017

PF quer que Aécio explique relação com membros do esquema de Cabral

A Polícia Federal quer que Aécio Neves explique que tipo de relação mantém com integrantes do escritório Andrade & Fichtner, investigado na Lava Jato por integrar o esquema de Sérgio Cabral, informa a Folha.

Conforme o MPF, a banca recebeu “vultosas quantias” de empresas que foram beneficiadas por atos da Casa Civil na gestão de Régis Fichtner, preso no mês passado.

Na casa de Aécio, a PF apreendeu em maio um documento sobre a compra e venda de um imóvel pelo advogado José Antônio Velasco Fichtner, irmão e sócio de Régis.

Trata-se de uma procuração dada por José Antônio a uma de suas colegas na banca para adquirir, em 2010, um apartamento em Florianópolis e fazer pagamentos aos então proprietários, dois espanhóis, no exterior. Aécio e o advogado são amigos.

“Conforme certidão obtida pela Folha, o imóvel foi transferido quatro anos depois por José Antônio para a mãe do senador, Inês Maria, ao custo de R$ 500 mil.

No laudo sobre a apreensão, a PF diz que ‘chama atenção e desperta a suspeita de eventual ilícito’ o fato de a procuração para o negócio de 2010 ter sido encontrada na casa do senador. Por isso, sustenta ser ‘oportuno’ questioná-lo sobre o documento.

O apartamento, com 117 metros quadrados, fica na Lagoa da Conceição, região nobre da capital catarinense. Consultado pela reportagem, o advogado do senador, Alberto Toron, disse que o bem comprado por Inês Maria é usado por familiares.”