O ex-presidente Lula anunciou que estará na África no dia 26 de janeiro em um evento
da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), entidade
comandada pelo amigo petista José Graziano, ex-ministro do governo Lula.
Não há como não ver com desconfiança uma viagem internacional programada para
uma data tão emblemática.
No dia 24 de janeiro ocorre no TRF-4 (Tribunal Regional
Federal da 4ª Região), o julgamento do recurso do ex-presidente Lula, relativo a ação
penal em que o petista foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
no caso do triplex do Guarujá.
Quando o colegiado anunciar a decisão de segunda instância por volta do dia 28 de
janeiro, Lula estará fora do país, em um continente onde possui relações estreitas com
governantes corruptos para os quais enviou bilhões do dinheiro do contribuinte brasileiro.
Caso o TRF-4 confirme a condenação do petista, Lula terá que entrar com um habeas
corpus preventivo para evitar a prisão, além de eventuais embargos, dependendo da
forma que os desembargadores votarem pela condenação.
Neste caso, o petista terá que recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), tanto no
caso do habeas corpus quanto aos eventuais recursos. Mesmo que exista a
possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal, STF, Lula não precisa estar
necessariamente no país.
Segundo a Folha, "Alguns petistas têm recomendado que o ex-presidente cancele a
viagem para se poupar de desgastes. Mas, segundo colaboradores, o compromisso está
mantido".
Os petistas alertam ainda para o risco de retenção de passaporte a pedido
da Justiça.
Se o desconforto com a viagem de Lula exatamente num momento como este está
incomodando até mesmo os dirigentes do PT, o que dizer do restante dos brasileiros?
Será que ele volta, caso seja condenado?
fonte: Imprensa Viva
fonte: Imprensa Viva