quinta-feira, 12 de abril de 2018

Boas relações de Temer com militares irrita setores da esquerda, imprensa e judiciário


As boas relações do presidente Michel Temer com a cúpula das Forças Armadas está incomodando muito alguns setores descontentes com o atual governo, como os representantes da esquerda, setores da imprensa e até mesmo do Judiciário e Ministério Público Federal. Curiosamente, os setores que criticam a proximidade de Temer com os militares são os mesmos que participaram da trama com os criminosos da JBS para derrubar seu governo.

O fato é que Temer sempre manteve boas relações com os militares. Logo que assumiu a Presidência, ainda na interinidade, Temer devolveu aos militares uma série de atribuições retiradas por sua antecessora, a ex-presidente Dilma Rousseff. Mesmo diante do rombo bilionário nas contras públicas, Temer prestigiou as Forças Armadas com aumento de repasses, aquisição de equipamentos, veículos e até mesmo suprimentos básicos para a manutenção. O esforço do governo para restaurar minimamente a capacidade das Forças Armadas, diligentemente negligenciadas e sucateadas durante os governos do PT, não foi um agrado pessoal aos militares. Foi apenas o dever de um chefe de Estado, como o próprio Temer destacou várias vezes.

De mesmo modo, o apoio dos militares em momentos críticos da história da República, como o episódio forjado pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot e o criminoso Joesley Batista, em conluio com alguns ministros do STF, não foi um gesto de agrado à Temer, como reconheceram os militares inúmeras vezes. Na época em que a esquerda, setores da imprensa e judiciário se aliaram aos açougueiros criminosos para implantar o caos no país, vários membros das cúpulas das Forças Armadas alertaram que era dever dos militares manterem-se vigilantes quanto ao zelo pelas instituições, a Presidência da República, em particular, e na observância ao respeito com a Constituição. Nos dias que antecederam a conspiração de Janot e Joesley, mais precisamente no Dia do Exército, em 19 de abril de 2017, O general Eduardo Villas Bôas também discursou, diante do presidente Michel Temer e do juiz Sergio Moro, sobre como "a aguda crise moral, expressa em incontáveis escândalos de corrupção, nos compromete o futuro".

A interferência sutil de membros das Forças Armadas, sobretudo a manifestação do Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no STF, gerou mais incômodos nos setores que criticam a 'abertura' que Temer tem concedido aos militares nos últimos anos. o General Villas Boas afirmou que Exército ao lado dos "cidadãos de bem" que repudiam "a impunidade" e garantiu que a instituição se mantém atenta "às suas missões institucionais"

Durante o julgamento do habeas corpus de Lula, o ministro do STF Celso de Mello, chamou a atenção do General Villas Bôas de maneira indireta, ao falar sobre movimentos que "parecem prenunciar a retomada, de todo inadmissível, de práticas estranhas e lesivas à ortodoxia constitucional, típicas de um pretorianismo que cumpre repelir". O ministro Gilmar Mendes também teceu críticas às manifestações do General Villas Bôas na véspera do julgamento do HC do condenado.

O fato é que após atuar para remover uma organização criminosa que comandou o país por quase uma década e meia, que aparelhou o Judiciário, o Ministério Público, alimentou empresários e meios de comunicação com bilhões do dinheiro do contribuinte, Temer sabia que não poderia enfrentar sozinho todas estas forças antagônicas. O presidente pretendia ainda contrariar interesses poderosos, como os dos artistas influentes mamadores da Lei Rouanet, os sindicalistas, a elite de servidores que recebe altíssimos salários e as regalias do próprio Judiciário e MPF. Seria muita inocência supor que estas forças dariam alguma pelota para a Constituição diante da disposição de Temer em romper com a elite dominante do país e acabar com seus privilégios.

Embora tenha exercido seu papel de chefe de Estado ao tentar restabelecer o prestígio dos militares, e isso incomodou muita gente, Temer sabia que precisaria de aliados dispostos a manter a ordem Constitucional ao desafiar interesses tão poderosos. Temer resgatou o prestígio dos militares, que, como cidadãos, também voltaram a ter voz política. Nomeou o general linha-dura Sérgio Etchegoyen como ministro do Gabinete de Segurança Institucional e lhe conferiu influência dentro do Governo. Chegou a indicar o general da reserva Sebastião Roberto Peternelli Júnior para a FUNAI. Na sequência, decretou uma intervenção federal no Rio e escolheu o comandante militar do leste, o general Walter Braga Netto, como interventor. Na pasta de Defesa, mantém o general da reserva Joaquim Silva e Luna, o primeiro militar desde o Governo FHC a ocupar a pasta.

Embora Temer não tenha ainda vencido as turbulências impostas por grupos de descontentes ao seu governo, o presidente conseguiu aprovar projetos importantes para o país, e consegui manter a economia estável, com inflação e juros mais baixos da história. O presidente caminha para o final de seu governo em meio à instabilidades políticas criadas por setores da esquerda que visam remover o pais do eixo democrático nas próximas eleições, após a prisão de Lula. Não há qualquer dúvida de que os mesmos setores que tentaram desestabilizar o país ao longo dos últimos dois anos, desde a expulsão do PT do poder, também estão por trás das manobras da esquerda para voltar ao poder e restabelecer o padrão PT.

Nesta quarta-feira, 11, o presidente apresentou os oficiais generais recém promovidos em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Na cerimônia de hoje foram promovidos no total 69 oficiais-generais, sendo 18 da Marinha, 36 no Exército e 15 na Aeronáutica. Temer chegou acompanhado do ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna.

— Prestigiamos a competência, a dedicação e o patriotismo dos nossos oficiais-generais. Atributos testados e comprovados ao longo de décadas de serviços prestados à nação, declarou Temer ao se dirigir aos presentes, numa espécie de desagravo às críticas dos ministros do STF Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello sobre o papel das Forças Armadas no país.



Ao lado do General Villas-Bôas e dos comandantes da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, Temer declarou que as Forças Armadas são "parte essencial da conquista que, hoje, aqui todos celebramos". Disse, ainda, que a promoção traz "responsabilidades acrescidas".

"Pois tenho certeza de que, hoje, os militares recebem mais uma estrela e estarão à altura dessas responsabilidades. Continuarão, seguramente, a liderar pelo exemplo de seriedade e de espírito público que distingue há muito tempo as nossas Forças Armada", disse o emedebista. O evento contou com uma grande participação de militares e familiares.

O presidente declarou, também, que a contribuição dos militares para o Brasil "vai além" dos elogios até então proferidos no discurso. "É significativo o aporte que trazem para o nosso desenvolvimento científico e tecnológico. É valiosa, devo registrar também, a sua participação em atividades de cunho social", destacou. O comandante do Planalto frisou que, em muitos locais do país, as Forças Armadas são a "única manifestação concreta da presença do Estado", afirmou Temer.

Em sua fala, Temer lembrou da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, que completará dois meses no próximo fim de semana. "Ninguém tem a ilusão de que uma medida específica, por mais bem planejada e abrangente que seja, vai solucionar da noite para o dia problemas que são antigos e estruturais", falou.

Para ele, a ação das Forças Armadas no estado fluminense "já mostra resultados e confirma nossa convicção de que juntos seremos capazes de vencer aqueles que perturbam a tranquilidade e ameaçam o futuro dos brasileiros."

— Estamos todos engajados na construção de um país de paz, de prosperidade, de ordem e de progresso.

Temer voltou a dizer que, "em muitos rincões do País, as Forças Armadas são a única manifestação concreta da presença do Estado".

— Por isso que eu digo que muito naturalmente cabe às nossas três Forças, também nos termos da Constituição Federal, a tarefa de Garantia da Lei e da Ordem".

Opositores do campo político, setores da imprensa, da esquerda, do Judiciário e do crime organizado continuam torcendo o nariz.