Além dos prejuízos com a má gestão e corrupção que afetaram a Petrobras durante as administrações petistas, Lula e Dilma deixaram outros pepinos bilionários que estouraram posteriormente no caixa da estatal.
Em janeiro deste ano, a Petrobras anunciou que chegou a um acordo com o representante de investidores que processaram a empresa na justiça americana. Para que uma ação coletiva fosse suspensa, a companhia brasileira aceitou pagar uma multa de US$ 2,95 bilhões, cerca de R$ 9,5 bilhões em três parcelas iguais, duas em 2018 e uma em 2019.
A ação coletiva movida por investidores americanos teve início após a revelação pela Lava Jato, em 2014, de um esquema de corrupção e superfaturamento em contratações da empresa. Acionistas e donos de títulos de dívida da Petrobras foram à justiça reclamar que foram lesados pelo esquema e pedir que a petroleira se responsabilizasse por indenizá-los.
Com receio de ter que arcar com valores ainda mais elevados, a direção da Petrobras correu para fechar logo um acordo com a Justiça americana, de modo a evitar maiores prejuízos no mercado financeiro com a desvalorização de suas ações.
Na semana passa, surgiu mais uma conta de R$ 17 bilhões remanescente das administrações petistas. A Petrobras foi condenada a pagar a 51 mil funcionários ativos e aposentados.
A coluna da jornalista Míriam Leitão, no O GLOBO, destaca que "A quantia é uma enormidade. Para se ter a ideia, toda a receita estimada pelo estado do Espírito Santo este ano é de R$ 16,8 bilhões. É equivalente a 23 vezes o Orçamento do Ministério da Cultura, antes dos cortes impostos pelo governo".
Ainda segundo a publicação, o esqueleto do PT é resultado de um acordo feito pela Petrobras quando ela era presidida por José Sérgio Gabrielli e tinha um sindicalista na diretoria de Recursos Humanos.
O acordo coletivo foi confirmado em 2009 e só virou um problema três anos depois de assinado, quando os sindicatos perceberam que o texto continha brechas que permitiriam outro entendimento.
E, obviamente, passaram a requerer mais. Esse é o papel dos representantes sindicais.
"Os erros cometidos na administração do governo passado custaram no mínimo US$ 80 bilhões.
Metade disso foi o custo de ser obrigada a vender combustível com preço controlado muito abaixo da paridade internacional.
No Comperj, foram investidos US$ 13 bilhões sem retorno.
O custo de Abreu e Lima que não será recuperado é calculado em US$ 10 bilhões.
As duas refinarias premium que foram lançadas a prejuízo representaram US$ 1,5 bi.
Tem ainda o que foi lançado como perdas por corrupção de R$ 6,2 bilhões.
A compra de Pasadena representou uma perda de US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão.
Na compra da refinaria Okinawa no Japão foram queimados outros US$ 400 milhões.
Esses são apenas alguns dos esqueletos deixados na companhia.
Bilhões em passivos tributários têm sido equacionados.
Essa ação trabalhista é mais um desses esqueletos".
Com informações da coluna de Míriam Leitão