segunda-feira, 25 de junho de 2018

Polícia Federal investiga servidores de universidade federal por prática de estelionato


A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (19/6) a Operação Herófilo, que investiga professores do magistério superior em regime de dedicação exclusiva com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas que exercem atividade privada em clínicas e consultórios. A prática é vedada pela legislação e configura crime de estelionato.

Cerca de 60 policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Novo Hamburgo. As ordens judiciais têm por objetivo a arrecadação de documentos que comprovem a prática irregular e corroborem com as informações coletadas ao longo da investigação.

O inquérito policial foi instaurado em 2015 e contou com colaboração da CGU. Em um dos casos analisados, um professor recebeu, entre os anos de 2010 e 2016, cerca de R$ 1 milhão da UFRGS, sendo que, desse valor, aproximadamente R$ 500 mil correspondem ao adicional por dedicação exclusiva.

O nome da operação faz referência à Herophilos, o primeiro anatomista da história, fundador da Escola de Medicina de Alexandria. No início do mês de junho, seis professores, cinco servidores da UFRGS e bolsistas que recebiam valores indevidamente foram indiciados pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistemas de informação, de acordo com a participação individual na fraude. Nomes não foram divulgados.


Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul

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