quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Ciro Gomes diz que Bolsonaro é um ‘projeto de Hitlerzinho tropical’

O candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, nesta quarta-feira (29), adotou discurso agressivo e atacou o capitão da reserva e deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).
Ele comparou Bolsonaro ao ditador alemão Adolf Hitler, disse que ele é mal-preparado para administrar o país e afirmou que os eleitores dele são “inimigos da pátria”.
O discurso adotado por Ciro Gomes contrapõe a postura moderada das últimas semanas, quando ele tentou atrair eleitores indecisos desconstruindo a fama de que é explosivo.
“O cara que vota em Bolsonaro está querendo que o Brasil morra. Está querendo que a minha nação seja destruída. Não quero saber disso para mim, isso é inimigo da pátria”,disparou.
Segundo o Datafolha, Bolsonaro é líder das pesquisas com 22% das intenções de voto, liderando no Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Ciro ainda disse que respeita todos os eleitores do país, mas não quer o voto de uma fração de apoiadores do adversário que, segundo ele, “vivem com uma pedra no coração”.
“São egoístas e estão pouco se lixando com desempregados e com mulheres que foram estupradas. Quantos desses estupros ocorreram porque o cara está escorado em um candidato popular?”, questionou.
Segundo ele, o capitão reformado faz uma “simplificação grosseira” ao ‘criminalizar’ movimentos sociais e fala uma “imensa baboseira” ao se referir aos homossexuais.
Ele é um mistificador, perigoso, fascista. É um projetinho de Hitlerzinho tropical e muito mal-preparado, porque o Hitler, pelo menos, era um intelectual razoável”, disse.
Ciro afirmou que a diminuição dos subsídios agrícolas, sugerido pelo economista Paulo Guedes, vai acabar com o setor do agronegócio em 12 meses e que Bolsonaro estimula estigmas contra setores da sociedade.
Ele citou, por exemplo, a crítica feita pelo adversário de que o conteúdo “contra a homofobia” ensinado nas escolas poderia incentivar os meninos a brincarem de boneca.
Ciro afirmou que brinca normalmente de boneca com seu filho caçula, de dois anos, uma vez que, segundo ele, nenhuma criança vai afirmar a sua orientação sexual por causa de brinquedo.
“Tenho um filho de 2 anos e, se ele ficar brincando com a boneca, eu brinco junto. Qual é o problema? Isso é de uma ignorância estapafúrdia”, finalizou.