Apesar de todo o estardalhaço com que setores da esquerda celebram os resultados das pesquisas eleitorais que colocam o ex-presidente Lula na liderança das pesquisas de intenção voto, um fato relacionado às mesmas pesquisas comprova que o petista perdeu a majestade.
Na modalidade de pesquisas espontânea, aquela em que o entrevistado declara sua preferência por livre e espontânea vontade, Lula é citado por apenas 21% dos entrevistados, de acordo com a última pesquisa realizada pela CNI/Ibope. Neste cenário, não são apresentados os nomes dos prováveis candidatos aos entrevistados pela pesquisa.
De longe, Lula é o nome mais conhecido entre os eleitores de todo o Brasil. O fato do petista, que já alcançou índices de aprovação acima de 80% quando deixou a Presidência em 2010, aparecer agora com apenas 21% das menções dos entrevistados revela um declínio histórico do político.
Na prática, 79% dos entrevistados ignoraram o presidiário, mesmo conhecendo bem o seu nome, seu discurso e sua história como político. Este tipo de pesquisa pode ser o que tem maior poder de captar o humor do eleitor em relação à eleição presidencial que ocorrerá em pouco mais de um mês.
No cenário da pesquisa espontânea, Jair Bolsonaro (PSL) aparece em segundo lugar, com 11% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) estão empatados, com 2% cada. Álvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB) e João Amoedo (Novo) reúnem 1% das intenções de voto na pesquisa, cada um.
De acordo com a pesquisa, 59% dos entrevistados não nominaram um candidato, o que significa que o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV pode interferir na decisão de milhões de eleitores. Lula e o PT podem até conseguir colocar o ex-prefeito de São Paulo na disputa pelo segundo turno, mas o fato é que, como presidiário, Lula tem pouca moral para pedir votos aos eleitores mais conscientes.
Com informações da Revista Exame
