sábado, 4 de agosto de 2018

Lula, o presidiário, é o candidato oficial do PT na eleição para presidente do Brasil


Agora é oficial. A presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, confirmou hoje o ex-presidente Lula como candidato oficial do partido à Presidência da república. O líder petista está preso em Curitiba desde o dia 07 de abril, após ter sido condenado a uma pena de mais de 12 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.


Há poucos dias, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral,  ministro Luiz Fux, lembrou que os candidatos condenados em segunda instância estão inelegíveis pela Lei da Ficha Limpa. Mas ao que tudo indica, o PT oficializou que não está preocupado em seguir as Leis e respeitar as instituições do país e confirmou, neste sábado, 4, a candidatura de Lula à Presidência.



“Essa é a ação mais confrontadora que fazemos contra esse sistema podre por parte da Justiça que não faz outra coisa senão perseguir Lula. Vamos tirar Lula da prisão. Vamos voltar a governar esse país. Vamos devolver a alegria para o povo brasileiro”, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do partido, segundo o UOL. “Nós dizemos ao Brasil que Lula é o nosso candidato e vamos registrá-lo nos braços do povo no dia 15 de agosto em Brasília".



Curiosamente, neste mesmo sábado, 04, o cientista político e jornalista André Singer, que participou diretamente do governo Lula, como porta-voz e secretário de imprensa da Presidência da República, entre os anos de 2003 a 2007, declarou em sua coluna na Folha que, "como se sabe, Lula no final não poderá concorrer por motivos judiciais".



O filho do economista Paul Singer, fundador do PT, parece ter mais lucidez que a maioria dos petistas, inclusive o próprio Lula, ao encarar a realidade dos fatos. André Singer parece mais propenso a levar a sério as declarações do presidente do TSE, Luiz Fux, que garantiu que candidatos fichas sujas não vão conseguir registrar suas candidaturas. Se Lula e o PT não conseguiram sobrepujar as instâncias que condenaram o petista criminalmente e o levaram para a cadeia, é pouco provável que o condenado e seu partido venham a prevalecer sobre as Leis do País e à instância máxima da Justiça Eleitoral.