LULA NÃO SE CANDIDATOU EM 2014 PORQUE SABIA DO ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS E DA BOMBA PRESTES A EXPLODIR NA ECONOMIA
Um dos fatos mais debatidos durante o ano de 2014 no PT era sobre a definição sobre
quem seria o candidato do partido. Lula e os demais membros do partido já previam
consequências sérias na Lava Jato e mais de 90% dos militantes do partido não
estavam satisfeitos com Dilma. Mesmo em casa, Lula sofria pressão para concorrer no
lugar de Dilma. Dona Marisa Letícia era uma das defensoras da ideia, pois também
temia que as investigações em curso da Polícia Federal acabasse "respingando" nela,
nos seus filhos e no marido.
Segundo a maioria, o mais sensato seria lançar Lula no lugar de Dilma. Deste modo, o
petista estaria blindado nas investigações da Lava Jato e deixaria os petistas
satisfeitos. O problema é que Lula sabia do tamanho do rombo nas contas públicas,
sabia que haveria uma quebradeira sem precedentes que teria como consequência a
demissão de milhões de trabalhadores.
Lula preferiu subestimar a Lava Jato e confiar que Dilma daria um jeito de melar a
investigação do que assumir o comando do país em meio a uma inevitável crise, um
cenário bem diferente daquele em que assumiu o governo em seu primeiro mandato.
Em 2003, as empresas que haviam se instalado no Brasil nos anos anteriores estavam
contratando como nunca. Grandes players mundiais como Toyota, Honda, WalMart,
Peugeot, Dell, HP, John Deer, Samsung, LG e outros gigantes que haviam sido
atraídos pela estabilidade econômica e pelo aumento do consumo no país contrataram
cerca de 14 milhões de trabalhadores ao longo do governo Lula. O alto valor das
commodities na época também ajudaram a alavancar a economia do Brasil como
nunca. Governar assim é fácil.
O país que herdaria de Dilma era bem diferente daquele que herdou de FHC.
Enquanto fazia charme nos bastidores, dizendo que ainda considerava a possibilidade
de concorrer no lugar de Dilma em 2014, Lula provocava a petista e dizia que ele teria
que assumir seu lugar para corrigir suas lambanças. Mas tudo não passava de um
jogo. Lula não queria segurar a bomba que estava prestes a explodir na economia.
Imaginou que o desastre fatal em seu eventual governo acabaria com sua reputação.
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