sábado, 4 de fevereiro de 2017

LULA NÃO SE CANDIDATOU EM 2014 PORQUE SABIA DO ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS E DA BOMBA PRESTES A EXPLODIR NA ECONOMIA
Um dos fatos mais debatidos durante o ano de 2014 no PT era sobre a definição sobre quem seria o candidato do partido. Lula e os demais membros do partido já previam consequências sérias na Lava Jato e mais de 90% dos militantes do partido não estavam satisfeitos com Dilma. Mesmo em casa, Lula sofria pressão para concorrer no lugar de Dilma. Dona Marisa Letícia era uma das defensoras da ideia, pois também temia que as investigações em curso da Polícia Federal acabasse "respingando" nela, nos seus filhos e no marido. 

Segundo a maioria, o mais sensato seria lançar Lula no lugar de Dilma. Deste modo, o petista estaria blindado nas investigações da Lava Jato e deixaria os petistas satisfeitos. O problema é que Lula sabia do tamanho do rombo nas contas públicas, sabia que haveria uma quebradeira sem precedentes que teria como consequência a demissão de milhões de trabalhadores.

Lula preferiu subestimar a Lava Jato e confiar que Dilma daria um jeito de melar a investigação do que assumir o comando do país em meio a uma inevitável crise, um cenário bem diferente daquele em que assumiu o governo em seu primeiro mandato. Em 2003, as empresas que haviam se instalado no Brasil nos anos anteriores estavam contratando como nunca. Grandes players mundiais como Toyota, Honda, WalMart, Peugeot, Dell, HP, John Deer, Samsung, LG e outros gigantes que haviam sido atraídos pela estabilidade econômica e pelo aumento do consumo no país contrataram cerca de 14 milhões de trabalhadores ao longo do governo Lula. O alto valor das commodities na época também ajudaram a alavancar a economia do Brasil como nunca. Governar assim é fácil. 

O país que herdaria de Dilma era bem diferente daquele que herdou de FHC. Enquanto fazia charme nos bastidores, dizendo que ainda considerava a possibilidade de concorrer no lugar de Dilma em 2014, Lula provocava a petista e dizia que ele teria que assumir seu lugar para corrigir suas lambanças. Mas tudo não passava de um jogo. Lula não queria segurar a bomba que estava prestes a explodir na economia. Imaginou que o desastre fatal em seu eventual governo acabaria com sua reputação. 

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