A ex-presidente Dilma Rousseff figura entre os políticos que devem se tornar alvos de
pedidos de abertura de inquérito a partir das delações da Odebrecht já a partir desta
semana, A petista foi delatada por seu envolvimento no esquema de propina que
financiou sua campanha. Segundo o executivo Marcelo Odebrecht, apenas R$ 60
milhões de um total de R$ 300 milhões repassados ao PT foram contabilizados pelo
partido. Marcelo confirmou que Dilma coordenava repasses de propina e chegou a
nomear o ex-ministro Guido Mantega como seu interlocutor junto a empreiteira.
O nome da petista integra a lista do procurador-geral da República Rodrigo Janot,
que deve enviar para a primeira instância o nome de todos os envolvidos que não
possuem foro privilegiado, como é o caso da ex-presidente Dilma, do ex-presidente
Lula e dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Os pedidos de inquérito
contra os petistas deve seguir direto para a 13ª Vara Federal de Curitiba, que tem o
juiz federal Sérgio Moro como responsável pelos processos na primeira instância na Lava Jato.
Procuradores e investigadores da Lava Jato trabalharam durante o fim de semana nos
últimos detalhes. Foi assim também no Carnaval. Desde dezembro, a força-tarefa
analisa o teor das confissões dos executivos e ex-executivos da Odebrecht. Dilma foi
citada por pelo menos cinco executivos do Grupo até o momento.
Dilma deve se tornar alvo de investigações na Lava Jato ainda neste ês de março. Logo
após abertos os inquéritos, começa a fase de coleta de mais provas e de depoimentos
de testemunhas e do próprio investigado. Não há prazo para essa fase. Ao fim da
investigação, a Polícia Federal faz um relatório que aponta se há ou não indícios
contra os suspeitos.
O ex-presidente Lula também deve se tornar alvo de novos inquéritos que terão como
base as delações da Odebrecht.
Conteúdo: Imprensa Viva