terça-feira, 7 de março de 2017

Lula e Dilma em pânico. Temer fez mais pela transposição do Rio São Francisco em um ano do que o PT em cinco

Uma das primeiras medidas do presidente Michel Temer, quando ainda estava na interinidade, foi encomendar que seus ministros fizessem um levantamento completo sobre as obras federais que estavam paralisadas. Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o tema sobre a transposição do Rio São Francisco foi umas das prioridades estabelecidas pelo Palácio do Planalto durante várias reuniões de Temer com lideranças políticas. 

No levantamento feito por assessores da Presidência, o governo encontrou “milhares” de obras inacabadas pelo país. Nas contas do governo, entretanto, cerca de 20 projetos são considerados “grandes obras” e precisavam ser retomados imediatamente. 

O “cemitério de obras inacabadas” deixadas pela administração petista somavam cerca de R$ 250 bilhões em restos a pagar. Temer então pediu que os governadores apontassem obras que eles consideravam prioritárias nos estados financiadas com recursos federais. 

“[O andamento das obras] retoma a criação de empregos e renda, e demonstra o seu compromisso [de Temer] para uma solução definitiva para as obras inacabadas e para os restos a pagar”, disse Renan ao chegar ao Senado depois da audiência no Palácio do Planalto. 

Transposição do São Francisco 

Temer exigiu atenção especial ao projeto de transposição do rio São Francisco, obra com orçamento bilionário que teve início em 2007 – durante o governo Lula, mas sofreu atrasos constantes até a paralisação total durante o governo Dilma. 

Temer deixou claro que pretendia concluir com mais rapidez o projeto a transposição do São Francisco. Na ocasião, ainda como presidente interino, Temer classificou o projeto como prioridade por sua importância estratégica que prevê a distribuição de água do rio para 12 milhões de pessoas em Pernambuco, no Ceará, na Paraíba e no Rio Grande do Norte de "obra emergencial, fundamental, importantíssima e inadiável". 

A previsão inicial era de que a obra fosse concluída em 2014, mas após uma série de adiamentos, atualmente, a previsão é que o projeto chegue ao fim até o início do próximo ano. Inicialmente, a transposição havia sido orçada em R$ 4,5 bilhões, mas o custo da obra já alcançou R$ 8,2 bilhões. Em abril, de acordo com dados do governo federal, a parte mais importante da obra havia sido completamente abandonada. 

Temer acabou fazendo em pouco mais de seis meses aquilo que Dilma não conseguiu fazer em cinco anos. Ainda como presidente interino, Temer determinou uma das medidas mais importantes de todo o projeto: Ao lançar o Plano Novo Chico em junho do ano passado, Michel Temer disse que, sem a revitalização do São Francisco, as ações de transposição não teriam a eficiência desejada para a população que vive ao longo da bacia deste rio que percorre áreas do Nordeste e de Minas Gerais. Números apresentados pelo governo indicam que o projeto como um todo tem potencial para beneficiar cerca de 12 milhões de pessoas, dos quais 400 mil são ribeirinhos da Bacia do São Francisco. Água suja e pouca não resolve o problema dessa gente, afirmou Temer a um interlocutor. 

De acordo com o Ministério da Integração Nacional, ao dar andamento às obras de saneamento e de abastecimento, o governo buscou beneficiar o mais rápido possível cerca de 217 municípios e liberou recursos suficientes para as ações de proteção e recuperação de áreas de preservação permanente e da recuperação e controle de processos erosivos. Tudo isso só foi possível graças ao equilíbrio das contas públicas alcançado pela equipe econômica. 

Segundo analistas, a continuidade do governo Dilma provocaria um aprofundamento da crise econômica e o país dificilmente teria dinheiro para tocar o projeto, que era uma reserva estratégica do PT para as eleições de 2018. Por falta de interesse das empreiteiras ligadas ao PT, as obras, iniciadas do governo do ex-­presidente Lula, quase não avançaram durante o governo Dilma.

Conteúdo: Imprensa Viva