sábado, 4 de março de 2017

MARCELO ODEBRECHT REVELA ELO ENTRE LULA E EDUARDO CUNHA NOS ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO FEDERAL

O estrago provocado pelo executivo Marcelo Odebrecht na vida de Lula, Dilma e do PT não se limitou a confirmação de que todos no partido, por razões óbvias, tinham conhecimento sobre o esquema de corrupção entre sua empresa e o governo federal, que era controlado justamente pelos beneficiários dos esquemas criminosos. 

Marcelo deixou claro que, embora sua empresa tenha participado ativamente do esquema criminoso, não haveria como a Odebrecht se envolver em tantos crimes na esfera federal sem o aval de Lula e Dilma, que comandaram o governo por mais de 13 anos. 

Mas o executivo reservou outras surpresas para seu depoimento desta quarta-­feira, 1, à Justiça Eleitoral. Além de confirmar que a quase totalidade do recursos destinados pela empresa para a campanha de chapa Dilma em 2014 tiveram como origem o caixa 2. 

Marcelo confirmou que a ex-­presidente tinha total controle sobre a distribuição dos pagamentos de propina,inclusive os que foram feitos ao marqueteiro do PT, João Santana. Segundo o executivo, maior parte dos recursos destinados ao marqueteiro era feita em espécie. Outra parte foi transferida para contas do publicitário no exterior. 

A outra surpresa foi a confirmação de repasses de propina ao ex­-deputado Eduardo Cunha (RJ). Neste ponto, Marcelo Odebrecht estabeleceu um forte vínculo entre Cunha e Lula, já que os repasses de propina feitos pelas empresas do grupo eram contrapartida a vantagens obtidas junto aos governos petistas. Logo, não haveria como beneficiar Cunha isoladamente, sem o aval do ex­-presidente Lula, o controlador de todo o esquema de corrupção no governo. 

Talvez esta seja a razão pela qual o ex­presidente Lula nunca tenha atacado, criticado ou apontando para a figura de Eduardo Cunha de forma agressiva. Cunha é acusado de ter recebido U$ 5 milhões em propina por negócios da Petrobras na África. Como um desafeto do governo se beneficiaria em um esquema através de uma empresa controlada por este governo? Esta é a pergunta que nem Eduardo Cunha nem Lula querem responder.


fonte: Imprensa Viva