O ex-procurador-geral da
República Rodrigo Janot fugiu de dar explicações sobre o acordo de delação
premiadíssima que firmou com os criminosos Joesley Batista, seu irmão e outros
empregados. Janot se negou a atender o convite para depor na Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, em audiência marcada para esta
quarta-feira (4), como foi antecipado anteriormente pelo site Imprensa Viva.
"Cumprimentando-o cordialmente, comunico a Vossa Excelência que, tendo em vista
o disposto no art. 236, II, da Lei Complementar nº 75/1993, devo declinar do honroso
convite formulado por meio do expediente em epígrafe, uma vez que o sigilo
profissional imposto aos membros do Ministério Público Federal, ali previsto, impede-me
de prestar quaisquer esclarecimentos sobre atos praticados em razão da função
desempenhada e afetos ao meu ofício", alegou Janot.
Pesam contra o ex-procurador suspeitas de que ele teria recebido uma fortuna do açougueiro Joesley Batista para conceder-lhe imunidade eterna no controverso acordo
de delação da JBS, que teve a participação direta do ex-braço direito de Janot,
Marcelo Miller.