terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Gato e rato. Após Gilmar Mendes soltar Jacob Barata, Raquel Dodge volta a pedir ao STF a prisão do chefe da mãe do transporte coletivo do Rio

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 04 para que a Corte derrube a decisão do ministro Gilmar Mendes que mandou soltar pela terceira vez o empresário Jacob Barata Filho, dono e sócio de várias empresas de ônibus no Rio, na sexta-feira (1º). 

Raquel Dodge não se limitou a pedir novamente a prisão do "Rei do Ônibis", como também argumentou sustentou que o ministro não poderia decidir sobre a questão porque um outro habeas corpus sobre a matéria foi distribuído ao colega Dias Toffoli, que chegou a pedir parecer da PGR sobre o caso. 

“Com esta decisão, firmou-se a competência do ministro Dias Toffoli para, por prevenção, processar e julgar eventuais novos pedidos relacionados à Operação Cadeia Velha, em trâmite no TRF2 [ Tribunal Regional Federal da 2ª Região], inclusive, e por óbvio, eventuais novos pedidos voltados a revogar as medidas cautelares decretadas nos autos”, diz o recurso. 

Além disso, a procuradora argumenta que os documentos apreendidos na Operação Cadeia Velha, da Polícia Federal (PF), na qual o empresário foi preso pela última vez, mostram que ele continua a cometer crimes. 

“Vale lembrar que a análise dessas provas não pode ser dissociada do contexto de fundo das investigações criminais que revelam o papel de gestão e liderança exercido por Jacob Barata Filho nas empresas de seu grupo familiar”, afirma Dodge. 

Gilmar Mendes e sua esposa foram padrinhos de casamento de Beatriz Barata, neta de Jacob Barata, e Francisco Feitosa Filho, cujo pai é o dono da maior empresa do ramo no Ceará. 

Com informações da Agência Brasil