A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apelou ao Supremo Tribunal
Federal (STF) nesta segunda-feira, 04 para que a Corte derrube a decisão do ministro
Gilmar Mendes que mandou soltar pela terceira vez o empresário Jacob Barata Filho,
dono e sócio de várias empresas de ônibus no Rio, na sexta-feira (1º).
Raquel Dodge não se limitou a pedir novamente a prisão do "Rei do Ônibis", como
também argumentou sustentou que o ministro não poderia decidir sobre a questão
porque um outro habeas corpus sobre a matéria foi distribuído ao colega Dias Toffoli,
que chegou a pedir parecer da PGR sobre o caso.
“Com esta decisão, firmou-se a competência do ministro Dias Toffoli para, por
prevenção, processar e julgar eventuais novos pedidos relacionados à Operação Cadeia
Velha, em trâmite no TRF2 [ Tribunal Regional Federal da 2ª Região], inclusive, e por
óbvio, eventuais novos pedidos voltados a revogar as medidas cautelares decretadas nos autos”, diz o recurso.
Além disso, a procuradora argumenta que os documentos apreendidos na Operação
Cadeia Velha, da Polícia Federal (PF), na qual o empresário foi preso pela última vez,
mostram que ele continua a cometer crimes.
“Vale lembrar que a análise dessas provas não pode ser dissociada do contexto de
fundo das investigações criminais que revelam o papel de gestão e liderança exercido
por Jacob Barata Filho nas empresas de seu grupo familiar”, afirma Dodge.
Gilmar Mendes e sua esposa foram padrinhos de casamento de Beatriz Barata, neta de
Jacob Barata, e Francisco Feitosa Filho, cujo pai é o dono da maior empresa do ramo
no Ceará.
Com informações da Agência Brasil