segunda-feira, 23 de abril de 2018

Dilma também foi barrada na PF ao tentar visitar Lula na prisão. Juíza vetou visitas de subordinados do condenado


A ex-presidente Dilma Rousseff também foi barrada na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, quando tentava visitar o ex-presidente Lula. A visita da petista foi vetada por determinação da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal. que negou hoje (23) um pedido de uma comissão de deputados de esquerda que também pretendiam para visitar Lula na cadeia.

Segundo a magistrada, não se justifica a alegação da comissão de deputados de esquerda, que pretendiam fiscalizar in loco as condições de encarceramento do ex-presidente. “Em data de 17/04/2018 já foi realizada diligência pela Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado Federal. Não há justo motivo ou necessidade de renovação de medida semelhante”, escreveu a juíza, responsável por supervisionar a execução penal de Lula, sobre o pedido da comissão de deputados.

Ao vetar a visita de Dilma, a juíza destacou que apenas parentes e advogados estão autorizados a visitar presos custodiados na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, medida adotada diante da “limitação de cunho geral relativa a visitas na carceragem”, uma vez que os presos se encontram no mesmo edifício onde se realizam outras atividades corriqueiras da PF, inclusive com atendimento ao público.

Com a decisão, a juíza Carolina Moura Lebbo acaba com os planos de Lula e do PT em transformar a sede da Polícia Federal em uma sucursal do partido e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernado do Campo, onde Lula se escondeu logo que teve sua prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro. 

A juíza lembrou que a regra de execuções penais vale para todos os presos no local. “O alargamento das possibilidades de visitas a um detento, ante as necessidades logísticas demandadas, poderia prejudicar as medidas necessárias à garantia do direito de visitação dos demais”, escreveu.

Chateada, a ex-presidente deixou a sede da PF em Curitiba após esperar por mais de três horas na recepção. acompanhada da deputada Maria do Rosário e dos senadores Roberto Requião e Gleisi Hoffmann. Dilma estava dando um passeio pela Europa e Estados Unidos e estava animada com seu retorno ao Brasil para ver o condenado na prisão.