O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, tremeu com o anúncio da candidatura do ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na disputa ao Palácio do Planalto em outubro.
Metido a entendedor de economia, Ciro afirmou atacou Meirelles e disse que o renomado executivo da área financeira com sólida reputação internacional "joga fora" a carreira por uma embarcar em um governo que tem uma "agenda antipobre e antipovo" e disse que não permitirá que o MDB tente "esconder" o presidente Michel Temer durante a corrida eleitoral.
Acanhado diante do nome de peso, Ciro afirmou que "A presença do meu amigo Henrique Meirelles na disputa qualifica o debate. Ele é uma pessoa que prestou grandes serviços ao país sob a liderança do presidente Lula e que foi chamado nessa quadra de golpe. Eu lamento, porque acho que esse foi o maior erro da vida dele. Eu já disse isso pessoalmente a ele — disse Ciro, após participar da 21ª Marcha a Brasília, realizada pela Confederação Nacional de Municípios, em Brasília.
Ciro, que é muito bom no 'embromation' quando fala de economia para leigos, foi o responsável por uma das maiores lambaças da história do Ministério da Fazenda em sua curtíssima passagem pela pasta ao final do governo Itamar Franco, quando tapou buraco por 4 meses, após a queda do então titular da pasta, Rubens Ricúpero.
Em pouco mais de cem dias, Ciro quebrou milhares de empresas, sobretudo no ramo têxtil e calçadista, jogando centenas de milhares de trabalhadores na rua, após baixar tarifas que permitiram a invasão de produtos chineses de péssima qualidade.
Após antecipar a queda de tarifas, carros importados ficaram mais baratos que um Uno Mille pé duro, o que provocou a cobrança de ágio em diversos modelos. Na ocasião, Ciro ainda chamou o consumidor de 'otário'.
Henrique Meirelles, o candidato do Planalto, é o executivo brasileiro da área financeira mais respeitado no exterior.
Ex-Ministro da Fazenda do Brasil, Meirelles foi ainda presidente internacional do Bank Boston (principal executivo) e presidente do Banco Central do Brasil (BCB), cargo que ocupou de 2003 a 2011.
Foi Chairman do Lazard Americas, banco de investimento sediado em Nova York, senior advisor da Kolberg, Kravis and Roberts (KKR), uma empresa global de investimentos, membro do Conselho da Lloyd's of London, empresa global de seguros, membro do conselho consultivo da J&F Investimentos, membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, entre outros cargos importantes.
Ao assumir a pasta da Fazenda após o impeachment de Dilma, Meirelles ajudou a retirar o país da pior recessão de sua história, combinando uma política econômica austera que permitiu a redução drástica da inflação e dos juros no país.
(via site Imprensa Viva)
