terça-feira, 5 de junho de 2018

Doleiro preso na Lava Jato delata Edmundo, Nelson Piquet e Lazaroni


Pelo visto, não são apenas os políticos e empresários corruptos que costumavam fazer ou receber remessas ilegais de dinheiro no exterior. Um dos integrantes do grupo de doleiros presos na Lava Jato delatou celebridades do esporte como  o ex-jogador Edmundo, o ex-piloto da Fórmula 1 Nelson Piquet e o ex-técnico da seleção brasileira, Sebastião Lazaroni, ente outros  nomes mencionados em sua delação.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o doleiro alvo da Lava Jato no Rio de Janeiro delatou algumas personalidades do mundo esportivo com quem manteve relações profissionais.
A transação de evasão de divisas envolvendo Nelson Piquet, tricampeão da Fórmula 1, seria de R$ 2 milhões. Sebastião Lazaroni e Edmundo, que atualmente é comentarista do canal Fox Sports, estariam envolvidos em transações envolvendo o montante de R$ 500 mil.

Homologada pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, a delação do doleiro, que não teve a sua identidade revelada, incluiu outros nomes de famosos

Deus nos acuda. Nos próximos meses, nomes de pessoas acima de qualquer suspeita devem estampar as manchetes políciais, a partir dos desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio levaram as investigações a 53 doleiros, operadores financeiros e fornecedores de dinheiro vivo, que podem abrir novas frentes de apuração sobre corrupção e lavagem de dinheiro.

“Essa é a maior operação desde o Banestado. Se pensarmos que a Lava Jato começou com um doleiro, podemos imaginar o potencial dessa operação. O potencial é explosivo”, disse na ocasião o procurador Eduardo El Hage.

Ele se refere à prisão do doleiro Alberto Youssef, que havia sido preso em 2003 na Operação do Banestado e foi personagem central para a ampliação da Lava Jato em Curitiba.

A operação tem como base a delação premiada de Vinicius Claret e Cláudio Barbosa, apontados como os maiores doleiros do país. Eles detalharam em delação premiada como funcionava um sistema que reunia doleiros de todo o país que movimentou cerca de US$ 1,6 bilhão entre 2008 e 2017, envolvendo mais de 3.000 offshores em 52 países.